Filipe Anacoreta Correia, em declarações à TSF, justifica a decisão com as medidas impostas para evitar a propagação da Covid-19.
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O Conselho Nacional do CDS-PP agendado para sábado, no qual será decidida a posição sobre as eleições presidenciais, será realizado 'online', atendendo ao estado de emergência e para evitar uma concentração de pessoas, anunciou o partido.
Em comunicado, o secretário-geral do CDS, Francisco Tavares, indica que "o Conselho Nacional do CDS marcado para o próximo sábado, dia 12, irá realizar-se através de plataformas digitais".
O presidente da Mesa do órgão máximo centrista, Filipe Anacoreta Correia, confirmou à TSF a decisão, justificando com a situação pandémica.
"É inadiável a realização de um conselho nacional sobre a posição do partido em relação às eleições presidenciais. O próprio momento, que tem obrigado os portugueses a imensos sacrifícios, faz com que tenhamos de assegurar condições de segurança e medidas exemplares", explica.
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Ao todo, serão mais de duas centenas de conselheiros ligados em rede, mas Anacoreta Correia acredita que será possível. "São mais de duzentos. É uma circunstância desafiante, que comporta riscos, mas do ponto de vista técnico é perfeitamente assegurável. O CDS dá um sinal importante de responsabilidade e de disponibilidade para se adaptar às exigências."
Os trabalhos serão dirigidos pela mesa do Conselho Nacional "a partir da sede nacional" do partido, em Lisboa, "onde também estará presente o líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, respeitando rigorosamente todas as regras de distanciamento recomendadas pela DGS" devido à pandemia de Covid-19.
"Face ao estado de emergência em vigor e à situação pandémica vivida em Portugal, o CDS adota pela primeira vez este formato para reunir o seu órgão máximo entre congressos, de modo a evitar a concentração de um relevante número de pessoas em local fechado", justifica Francisco Tavares, em comunicado.
Conselho nacional "é inadiável"
O secretário-geral centrista salienta igualmente que esta reunião "é considerada inadiável, atendendo ao calendário eleitoral em curso".
"O CDS deixa bem claro que não irá utilizar nenhum regime de exceção previsto para os partidos, manifestando a sua total discordância com os sinais contraditórios e discriminatórios dados por alguns responsáveis políticos relativamente ao diferente rigor com que são aplicadas as regras de confinamento à generalidade dos portugueses", é também referido.
Na segunda-feira, o presidente do Conselho Nacional do CDS-PP, Filipe Anacoreta Correia, anunciou que o presidente do partido, Francisco Rodrigues dos Santos, solicitou a convocação de uma reunião extraordinária do órgão máximo do partido entre congressos "para que o partido tome posição política sobre as próximas eleições presidenciais".
A decisão foi tomada após o anúncio da recandidatura presidencial de Marcelo Rebelo de Sousa.
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Na nota enviada aos jornalistas na altura não foi divulgado o local onde os democratas-cristãos se iriam encontrar, mas era garantido que existiria "respeito integral pelas regras de saúde pública em vigor no concelho onde irá decorrer a reunião".
Na mesma nota, Filipe Anacoreta Correia sublinhou que Francisco Rodrigues dos Santos tinha afirmado que "daria a voz aos órgãos próprios para que se pronunciassem sobre o apoio" do CDS assim que Marcelo Rebelo de Sousa "declarasse ao país a intenção" de se recandidatar a Belém.
Nas eleições presidenciais de 2016, o CDS apoiou a candidatura do atual chefe de Estado.