Constitucional inviabilizou caminhos para diminuir "fatura a mais em salários»
O primeiro-ministro insiste na ideia de que tudo o que está a fazer em relação à Função Pública resulta dos acordos do Tribunal Constitucional.
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A culpa do Governo não cumprir com as promessas eleitorais é do Tribunal Constitucional. Passos Coelho responde assim aos críticos que o acusam de faltar ao prometido com os despedimentos na Função Pública.
«Aquilo que se passou é que todos os caminhos até hoje que o Governo seguiu para resolver o problema da fatura salarial foram inviabilizados pelo Tribunal Constitucional, o que significa, portanto, que as soluções em que estamos a trabalhar são as soluções que são possíveis hoje trabalhar dadas as condições que existem em Portugal e nomeadamente os acórdãos que o TC produziu», afirmou Pedro Passos Coelho.
Na opinião do primeiro-ministro, o Tribunal Constitucional é também responsável por um orçamento retificativo que não se deve repetir, espera Passos Coelho.
O chefe do Governo apela a um movimento de optimismo no país e, sem comentar diretamente a possibilidade de uma greve geral, aposta num entendimento com os sindicatos.
«O Governo não tem nenhum prazer em criar dificuldades no país. Estamos a trabalhar o melhor que podemos, de acordo com as condições que temos, para ultrapassar essas dificuldades», disse aos jornalistas à margem da inauguração de um hotel em Lisboa.
Passos Coelho espera, deste modo, abertura dos parceiros sociais para que se evite mais uma greve geral.