Constrangimentos no metro. BE pede "respeito" e lembra que para jogos de futebol aparecem "alternativas"
Catarina Martins pede a circulação de mais autocarros para compensar a falta de carruagens do metro.
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O Campo Grande, em Lisboa, é por estes dias o epicentro dos constrangimentos. Há obras na linha verde e na linha amarela do metro, não há autocarros para compensar a falta de carruagens e a alternativa é muitas vezes andar a pé. O Bloco de Esquerda (BE) critica o Governo e a autarquia por falta de planeamento.
Catarina Martins visitou a estação, para mostrar solidariedade com os utentes "prejudicados pelo caos que se verifica nos transportes", e à chegada tinha encontro marcado com quem utiliza o metro todos os dias.
Pedro Sousa, que vive em Loures, lamenta que para chegar ao Campo Grande tenha de acordar "três horas mais cedo". Já João David diz que "é difícil de prever se consegue ou não apanhar o metro" já que "as linhas estão cheias de gente".
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Para a coordenadora bloquista, Catarina Martins, na base do problema está a falta de planeamento e várias obras "ao mesmo tempo", numa crítica que tem como destinatários o Governo e o presidente da câmara de Lisboa, Carlos Moedas.
"Há duas coisas incompreensíveis: a primeira é terem começado tantas obras ao mesmo tempo, a segunda é não existir nenhum plano para assegurar a mobilidade das pessoas durante as obras", critica.
Catarina Martins pede "respeito" para os que precisam do metro para trabalhar, lembrando que no próximo domingo, para o dérbi entre o Sporting CP e o SL Benfica, em Alvalade, vão existir autocarros para a deslocação de adeptos.
"O que nós dizemos é que se trata com o mesmo respeito quem precisa dos transportes para ir trabalhar e para ir estudar, como se trata para um grande evento desportivo ou internacional", apela.
A solução, na opinião de Catarina Martins, passa por um plano de contingência, com autocarros para compensar a falta de carruagens, o que obriga o Governo e a câmara municipal de Lisboa a sentarem-se à mesa.
"A solução passa por aumentar autocarros e aumentar a circulação. Vai ser preciso gastar dinheiro. Vai ser preciso contratar", alerta.
O Metro de Lisboa já assegurou que vai existir um reforço de carruagens para mitigar os constrangimentos. As obras que afetam a linha verde e a linha amarela devem estar concluídas no final de junho.
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