Nova estratégia de testagem da DGS prevê mais testes em setores que não estão parados.
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A Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas e Serviços (AECOPS) aplaude a nova estratégia de testagem revelada esta quarta-feira pela Direção-geral da Saúde (DGS), que prevê rastreios regulares à Covid-19 em escolas, fábricas e construção civil, mas alerta para fator financeiro.
"Os custos inerentes a estas operações terão de ser reduzidos", defende o o presidente da AECOPS em declarações à TSF. A medida será "bem-vinda", desde que "a par com" com redução da burocracia e disponibilização de testes a valores para as inferiores ao estabelecido.
"As empresas, sobretudo as mais pequenas, precisam de ter apoios" para comportar a grande quantidade de testes que determinados estaleiros terão de fazer, defende o representante da Associação de Empresas de Construção e Obras Publicas e Serviços.
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Também o presidente da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), Mário Jorge Machado, alerta que não se deve "penalizar quem emprega pessoas" com esta medida.
Da mesma forma que não se pode exigir a professores e alunos que paguem os testes que têm de fazer nas escolas, o Estado deve também comportar os custos da testagem em massa nos outros setores, argumenta.
Além disso, aponta, a estratégia não deve ser testar por testar. O setor têxtil emprega diretamente 125 mil pessoas em Portugal, mas nem todas precisam de ser testadas, defende Mário Jorge Machado. Apenas caso surgisse um caso positivo entre os trabalhadores de uma determinada empresa ou fábrica justificaria a testagem massiva de todos os outros.
Esta quarta-feira a DGS determinou a "implementação de rastreios regulares com testes rápidos em contextos particulares como nas escolas e setores de atividade com elevada exposição social", sendo dados como exemplos os trabalhadores de fábricas e da construção civil.
Isto depois de a ministra da Saúde ter defendido no Parlamento a necessidade de uma testagem massiva à covid-19, não descartando a hipótese da realização de testes gratuitos, "prescindido da prescrição clínica".
"Acompanhamos inteiramente a necessidade de utilizar massivamente testes, desde testes PCR, a testes rápidos de antigénio, até aos testes de saliva que já se encontram também disponíveis", afirmou Marta Temido.
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