
Nos últimos dias, têm havido manifestações nas ruas de várias capitais internacionais contra a tomada de posse de Maduro
Jeffrey Arguedas/EPA
O ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros assegura que nenhuma agressão "descontrolada" impedirá a "revolução bolivariana"
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O Consulado Geral da Venezuela em Lisboa sofreu no sábado à noite um ataque com um engenho explosivo, que não causou vítimas ou danos de maior.
Segundo testemunhas relataram à PSP, pelas 22h00 uma pessoa atirou “uma espécie de cocktail molotov improvisado contra uma parede” da representação diplomática da Venezuela em Lisboa, que estava fechada àquela hora.
Fonte da PSP avançou à TSF que, segundo uma testemunha, um homem com roupas escuras foi visto por volta das 21h50 nas imediações do edifício. Deslocava-se numa trotinete e terá arremessado um engenho incendiário contra a varanda do consulado venezuelano.
Apontou ainda que vários espaços do edifício ficaram danificados, nomeadamente o chão da varanda, a pintura do prédio, alguns estores e a caixa exterior do ar condicionado.
"Há ainda pequenos danos numa viatura que se encontrava estacionada", acrescentou.
Segundo a mesma fonte, a Polícia Judiciária foi chamada e está a investigar o caso.
Referindo-se a este ataque, o ministro venezuelano dos Negócios Estrangeiros, Yván Gil, assegurou em Caracas que nenhuma agressão "descontrolada" impedirá a "revolução bolivariana".
"O fascismo atacou a sede do nosso Consulado Geral em Lisboa, Portugal, com bombas incendiárias, atacando os serviços prestados aos nossos compatriotas. As agressões irracionais dos grupos desequilibrados não conseguirão inverter os avanços da Revolução Bolivariana", afirmou, numa mensagem partilhada na plataforma Telegram.
O representante do Governo venezuelano congratulou-se por, devido à rápida intervenção das autoridades portuguesas, não terem ocorrido danos de maior e manifestou-se confiante de que "as investigações iniciadas permitirão identificar os responsáveis e determinar as correspondentes responsabilidades".
Este episódio aconteceu depois de o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, ter tomado posse para um terceiro mandato de seis anos – na sexta-feira – apesar de a oposição contestar os resultados das últimas eleições presidenciais na Venezuela.
Nos últimos dias, têm havido manifestações nas ruas de várias capitais internacionais contra a tomada de posse de Maduro.
Em Portugal, realizaram-se na quinta-feira manifestações contra o Governo de Maduro, em simultâneo, nas cidades de Aveiro, Porto, Faro, Beja, Lisboa e Funchal.
