Fernando Lima considera que «uma informação não domesticada constitui uma ameaça com a qual nem sempre se sabe lidar» e reconhece que a mediatização afeta o trabalho dos governantes.
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Num artigo de opinião publicado no primeiro número da versão brasileira da revista "Campaigns & Elections" sobre «a importância da agenda», o antigo assessor de imprensa do chefe de Estado português centra-se na «agenda política».
«Controlar o fluxo noticioso numa época de grande competição informativa é de vital importância para o êxito de qualquer iniciativa no plano político», diz Fernando Lima.
Por outro lado, acrescenta, controlar a agenda política corresponde no presente a duas necessidades objetivas por parte daqueles que aspiram a posições de liderança na sociedade: a necessidade de dar largas a potencialidades próprias para manter a dianteira em relação aos outros e a necessidade de tornear os obstáculos que vão surgindo.
Fernando Lima diz ainda que a criação da agenda diária de um político é uma tarefa que requer «cuidado e imaginação» e deve ter em conta, essencialmente, a melhor maneira de captar a atenção dos media, pela forma ou pelo conteúdo.
No final do artigo de opinião de duas páginas, Fernando Lima aponta ainda «o poder» como a principal fonte de notícias, distinguindo entre as notícias que assentam em factos normais, ou seja, discursos, visitas, entre outras iniciativas, e as noticias que resultam de «fugas de informação para produzir um efeito de acordo com o objetivo que se pretende alcançar».
[Texto escrito conforme o novo Acordo Ortográfico]