"Contacto mais célere com os doentes" e "agilizar" tempos para triagem: novo sistema de gestão de cirurgias deverá avançar em setembro
"O que à partida não vai resolver é a necessidade de nós fazermos cirurgia adicional", considera Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, em declarações à TSF
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O novo sistema de gestão de cirurgias, que deverá começar a ser testado em setembro, vai permitir uma "maior proximidade" com os utentes. A garantia é dada, em declarações à TSF, por Joana Mourão, coordenadora do grupo de trabalho responsável por este novo sistema.
"O contacto com os doentes vai ser muito mais célere", adianta, explicando que, quando é feito o agendamento, o paciente "recebe automaticamente um SMS [mensagem de telemóvel] a saber que já tem no dia x a cirurgia agendada e, de seguida, um telefonema para confirmar a disponibilidade e explicar-lhe a hora que deve vir".
Entre as propostas, está a definição de tempos de triagem para o período entre o pedido e a análise do mesmo pelo médico triador do hospital, escreve o jornal Público. Na leitura de Joana Mourão, a medida permite "agilizar" as consultas com os utentes.
Já Xavier Barreto, presidente da Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares, vê com bons olhos as alterações ao novo sistema de gestão de cirurgias, afirma na TSF. No entanto, sublinha que ficam problemas por solucionar: "O que à partida não vai resolver é a necessidade de nós fazermos cirurgia adicional. O Estado garante aos doentes que se não forem operados dentro de um determinado tempo clinicamente adequado, o Estado dá-lhes uma resposta alternativa. E essa garantia de resposta ao doente, que pode ser ou com o setor privado, ou com as equipas internas, à partida vai continuar a acontecer. Pode ter nuances. Nós podemos dizer assim: 'Quem inscreve o doente na lista de espera cirúrgica não pode depois operá-lo em cirurgia adicional.' Parece-me que era uma boa medida."
Xavier Barreto espera que ainda sejam feitas mudanças na proposta final a apresentar ao Ministério da Saúde.
