Contra "o circo que está montado", Miguel Albuquerque admite candidatura presidencial
O líder do Governo Regional da Madeira deixa duras críticas ao mandato de Marcelo Rebelo de Sousa.
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Miguel Albuquerque admite ser candidato presidencial. O presidente do Governo Regional da Madeira tem sido desafiado a avançar para a corrida a Belém, para fazer frente à dupla Marcelo Rebelo de Sousa e António Costa. Em declarações ao Observador, Albuquerque acusa o atual chefe de Estado de ser "bengala do Governo".
Albuquerque define a relação do Presidente da República com o primeiro-ministro como "unanimismo" e "namoro", aludindo que "o circo está montado". O social-democrata defende que a função do chefe de Estado "não é servir nem de charneira, nem de salva-vidas do Governo".
O centro-direita fica sem candidato e isso é o pior que pode acontecer neste momento ao país.
O líder do executivo regional refere mesmo que, com Marcelo, o centro-direita não terá candidato presidencial e deixa duas vias ao seu partido: "Ou dá liberdade de voto ou apoia um candidato da área do PSD."
O madeirense adianta ainda à Rádio Observador que "se se mantiver o apoio de António Costa ao atual Presidente, o centro-direita reformista e que é defensor de um Portugal moderno, desconcentrado e aberto ao mundo fica sem candidato e isso é o pior que pode acontecer neste momento ao país".
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Da autarquia ao executivo regional
Miguel Albuquerque destacou-se como presidente da Câmara Municipal do Funchal, cargo que desempenhou durante nove anos, tendo sido lançado como o sucessor natural de Alberto João Jardim na liderança do PSD-Madeira. Ainda assim, os dois políticos divergiram nos últimos anos de mandato do histórico dirigente laranja.
Albuquerque candidatou-se mesmo à liderança do PSD-Madeira em 2012, tendo perdido para Alberto João Jardim. Dois anos mais tarde, quando Jardim deixou a vida política, Albuquerque venceu a liderança do partido.
Nas eleições regionais de 2015, Miguel Albuquerque assumiu o governo madeirense com maioria absoluta. Em 2019, o partido perdeu a maioria dos votos e encetou uma coligação de governo com o CDS-PP.