O primeiro-ministro admitiu hoje a atribuição de incentivos fiscais à contratação de doutorados e à investigação nas empresas, defendendo que o investimento no capital humano mais qualificado «merece ser estimulado com um crédito fiscal».
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Passos Coelho considerou que as empresas portuguesas «recrutam poucos investigadores e doutorados».
«Temos de diminuir, neste aspeto, a distância que nos separa do Norte da Europa, com quem nos queremos medir. Com esse objetivo, o Governo está a executar um plano de apoio à contratação de doutorados pelas empresas», disse o primeiro-ministro, referindo-se a um decreto-lei aprovado em dezembro do ano passado.
«São várias as iniciativas já no terreno para facilitar a investigação e a inclusão de doutorados no mundo empresarial, mas queremos ir mais longe, para que as empresas olhem para os doutorados como um investimento», afirmou Pedro Passos Coelho, na sessão de abertura da conferência "Educação, Ciência, Competitividade", no Centro Cultural de Belém, em Lisboa.
«Agora que chegou o momento do investimento para a economia portuguesa no seu todo, temos de olhar com uma atenção particular para o nosso capital humano mais qualificado e enquadrá-lo como um investimento que merece ser estimulado com um crédito fiscal», acrescentou o primeiro-ministro.
Num outro evento, O ministro da Educação e Ciência, Nuno Crato, adiantou que os incentivos fiscais para empresas que contratem doutorados vão concretizar-se numa «iniciativa legislativa», que estará concluída «em breve».
«Vamos ter uma iniciativa legislativa nesse sentido». «Não queria entrar em pormenores, mas é uma intenção do Governo. É algo que estará concluído em breve», declarou Crato.