O PSD tem uma manta que, para já, não estica. Entre puxões para um lado e para o outro, Carlos César quis alertar para os perigos de apanhar um "resfriado".
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Foi também com uma manta metafórica que se fez o debate político nos "Almoços Grátis", esta quarta-feira. A estratégia de aproximação aos outros partidos políticos promovida pelo PSD e definida por Rui Rio no 38.º congresso social-democrata levou Carlos César a deixar um aviso: é preciso atenção aos "resfriados".
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A aproximação do PSD ao CDS é uma estratégia em curso. "Há um trabalho pela frente, uma porta aberta. Não interessa fazer uma aliança ou uma coligação, essa será a consequência. O que interessa é o processo que nos leva a isso", explicou David Justino.
O objetivo, explica, é "construir convergência" com o CDS e "outras forças políticas" à direita do PSD que permita uma "solução eleitoral ganhadora".
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No Congresso deste fim de semana, Rio definiu o centro-esquerda como um espaço para o PSD conquistar. Justino explica que "a partir da altura em que o PSD se posiciona no centro - abrangendo o centro-esquerda e o centro-direita - e porque a manta não é grande, o PSD tem de entender-se e criar pontes com setores à sua direita".
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Assim, "só há duas maneiras de fazer isto: ou aumentamos a manta - o que não é condição agora - ou, se a puxamos um bocadinho mais para o centro, descobrimos outra parte que será ocupada por outras forças e é isso que pretendemos", explica o vice-presidente do PSD.
O que tem Carlos César a dizer sobre isto? "Como o PSD ultimamente nos habituou a cobrir-se e descobrir-se com a manta, pode apanhar um resfriado."