Convergência do CDS e PSD nas autárquicas? "É a melhor oportunidade para o fazer"
David Justino acredita que há condições para "trabalhar para que haja convergência" e diz mesmo estarem "criadas as condições" para um entendimento já em 2021.
Corpo do artigo
O vice-presidente do PSD defendeu, ouvido esta manhã no Fórum TSF, que deve haver um entendimento entre o PSD e o CDS já nas próximas autárquicas. Esta reação surge em resposta à aliança entre o CDS-PP e os sociais-democratas, proposta no fim de semana por Francisco Rodrigues dos Santos.
Também David Justino acredita que há condições para "trabalhar para que haja convergência". Nesse sentido, defende, "a definição prévia de qual é o posicionamento de cada um dos partidos é muito importante, precisamente porque, como disse Francisco Rodrigues dos Santos, há complementaridade".
TSF\audio\2020\02\noticias\10\david_justino_1_convergencia
Na perspetiva do vice-presidente do maior partido da oposição, não faz sentido que PSD e CDS continuem a rivalizar: "Não há necessariamente competição por andarmos a disputar o mesmo espaço."
O momento de juntar esforços pode começar já, frisa David Justino, ou pelo menos a tempo das autárquicas de 2021. "Estão criadas as condições para que esse entendimento e essa convergência possam ser concretizados."
O social-democrata aproveitou para elogiar a iniciativa do líder centrista. "Saludo e aplaudo a disponibilidade do CDS-PP para começarmos a trabalhar e a conversar em torno daquilo que são os problemas da sociedade portuguesa e os problemas do país", referiu.
TSF\audio\2020\02\noticias\10\david_justino_2_autarquicas,_clarame
Questionado sobre o momento certo para uma aliança, David Justino concorda que as autárquicas sejam oportunas para o efeito. "Claramente, essa é a melhor oportunidade para o fazer, sem prejuízo de, daqui até lá, podermos pontualmente e em torno de propostas concretas podermos partilhar as posições de cada um."
O vice-presidente do PSD também definiu o entendimento desejável entre ambas as forças políticas. Definiu-o como um "projeto de convergência", algo que se "vai construindo com bom entendimento, sem que haja uma formalização quase precoce", e estabeleceu bases para o futuro: "Vamos construir as coisas, vamos falar, porque é isso que os partidos têm de fazer."