Ministra da Justiça diz que preconceito pode afastar os bons profissionais de exercerem funções políticas.
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A ministra da Justiça defende que há uma diferença entre a perceção e a realidade no que toca à corrupção em Portugal.
Em declarações esta manhã no Fórum TSF, Francisca Van Dunem considera que a ideia generalizada de que a política e a corrupção estão estritamente ligados afasta os eleitores e pode inibir bons profissionais de exercerem funções políticas.
"Não podemos excluir a existência de fenómenos corruptivos, mas outra coisa é a ideia generalizada de que toda a intervenção política pressupõe corrupção", defende.
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"Se ontem eu era magistrada e era séria, passando a exercer uma função política passo automaticamente a ser suspeita de corrupção, tal como os suspeitos do costume", questiona.
O Governo não ignora o combate à corrupção, lembra. Os efetivos do Ministério público foram reforçados, assim como a Polícia Judiciária, lembra.
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Isto depois de a ex-Procuradora-Geral da República Joana Marques Vidal ter afirmado, existirem redes de compadrio e corrupção nas áreas da contratação pública e do ex-Presidente da republica Ramalho Eanes ter dito que a corrupção é uma "epidemia que grassa pela sociedade" portuguesa.
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