Costa anuncia fundo de 1,2 milhões para a reconstrução após ciclones em Moçambique
O primeiro-ministro garante que Portugal e as empresas portuguesas vão continuar empenhadas em apoiar Moçambique, na sequência da passagem dos ciclones Idai e Keneth no país.
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O primeiro-ministro, António Costa, anunciou, esta quarta-feira, a criação de um fundo para a reconstrução de Moçambique, com 1,2 milhões de euros, sendo 700 mil euros do Orçamento do Estado e 500 mil de contribuições privadas.
"Hoje mesmo foi constituído, sob gestão do Instituto Camões, o fundo de apoio à reconstrução de Moçambique para apoiar a reconstrução das regiões afetadas pelos ciclones, aberto a participações de entidades públicas, privadas e sociais, e que dispõe de 1,2 milhões de euros, [sendo] 700 mil do Orçamento do Estado e 500 mil de contribuições de parceiros", disse António Costa na abertura do Fórum Económico Portugal-Moçambique, que esta manhã decorre em Lisboa.
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Na intervenção inicial, o primeiro-ministro salientou que entre as contribuições privadas estão entidades como as câmaras municipais, a Apifarma ou a Fundação Calouste Gulbenkian, e acrescentou que, além deste valor, há mais verbas disponíveis para ajudar à reconstrução, apontando, entre outros, a mobilização de 16,1 milhões do Investimoz e o Compacto para o Desenvolvimento dos Países Lusófonos, "traduzido numa concessão de uma linha de crédito às pequenas e médias empresas de Moçambique de cerca de 30 milhões de euros".
Durante a intervenção, o primeiro-ministro salientou ainda que "os próximos anos são de promessa e oportunidade para Moçambique", que, a par da reconstrução, está empenhado no desenvolvimento de grandes projetos, como é o caso da exploração de gás natural, para os quais a posição de Portugal também pode ajudar.
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Na resposta, o presidente moçambicano, Filipe Nyusi, defendeu que "já é tempo da diplomacia económica dar passos ainda mais significativos para as duas economias". Nyusi assegurou que Moçambique quer retomar o crescimento da economia, aponta como meta um crescimento de 6% já em 2020, garantindo "mão dura" para que os fundos para a reconstrução do país sejam aplicados de forma transparente.
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O primeiro-ministro de Portugal e o Presidente da República de Moçambique prolongaram a sua presença na sessão inicial e responderam a perguntas dos empresários na assistência.
Notícia atualizada às 12h22