Primeiro-ministro indigitado espera tomar posse na próxima semana.
Corpo do artigo
Terminado o encontro de António Costa com o Presidente da República, esta terça-feira, o país conheceu os nomes que vão compor o novo Governo. Na declaração feita após a reunião, o primeiro-ministro indigitado descreveu o Executivo como "coeso" e "de continuidade".
"Trata-se de um Governo coeso, de continuidade em relação ao Governo que ainda está em funções e no qual procuramos reforçar o centro do Governo, tendo em conta que esta legislatura terá um período muito exigente, em que teremos de acumular com as funções de presidência da Comissão Europeia", explicou António Costa.
11408297
Quando questionado sobre se este novo Governo seria apenas uma remodelação do anterior, Costa sublinhou que o Executivo já tinha sofrido uma remodelação profunda há cerca de um ano. Agora está apenas com melhores condições para governar por ter saído reforçado politicamente com os resultados eleitorais das últimas legislativas.
"É uma orgânica que se ajusta também ao novo programa de Governo, designadamente aos quatro grandes objetivos estratégicos que tínhamos identificado: enfrentar as alterações climáticas, combater as desigualdades, enfrentar o desafio demográfico e proceder à transição para a sociedade digital. Daí a essência de quatro ministros que terão uma função de coordenação destes quatro objetivos", afirmou o primeiro-ministro indigitado.
No que toca à tomada de posse, Costa espera poder concluir o processo já na próxima semana. Tudo depende do apuramento de resultados das legislativas.
"Se o apuramento dos resultados eleitorais ficar finalmente resolvido amanhã, com os quatro mandatos que faltam atribuir dos dois círculos da emigração, e os resultados ficarem publicados em Diário da República no dia 17 ou 18, o que é normal é que a Assembleia da República reúna a 21 ou 22. Se reunir a 21, a tomada de posse será a 22. Se reunir a 22, o senhor Presidente da República marcará para 23", acrescentou António Costa.