Costa e Zelensky ao telefone. Portugal apoiará a Ucrânia "pelo tempo que for necessário"
António Costa e Volodymyr Zelensky falaram no dia em que se assinala "a triste data" de 500 dias de guerra.
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António Costa e Volodymyr Zelensky falaram ao telefone, este sábado, no dia em que se assinalam 500 dias de guerra no leste da Europa. Na véspera da cimeira da NATO, em Vílnius, os chefes de Governo "coordenaram posições", com Costa a garantir a Zelensky que Portugal apoiará a Ucrânia "pelo tempo que for necessário".
Foi através das redes sociais que o primeiro-ministro português e o Presidente ucraniano deram conta da conversa telefónica, que culminou numa declaração conjunta que "condena" a invasão russa à Ucrânia e sublinha o apoio de Portugal ao país invadido.
"A Ucrânia tem mostrado uma determinação notável no exercício do direito à autodefesa contra este ataque ilegal, não provocado e injustificado", lê-se no documento.
Portugal mantém-se firme no "apoio à Ucrânia" e elogia a "determinação e coragem do povo ucraniano e das Forças Armadas" contra os ataques russos, garantindo que o apoio financeiro e militar será concedido "pelo tempo que for necessário".
"Portugal fez um esforço militar substancial e sem precedentes de apoio à Ucrânia, e continuará a ter em conta as necessidades urgentes e imediatas da Ucrânia para fortalecer as suas capacidades de defesa", escrevem.
Os países destacam que "o futuro da Ucrânia está na família europeia", e Portugal apoia os "esforços para as reformas e para o cumprimento dos requisitos" do Governo ucraniano, para que a adesão seja possível.
Portugal volta ainda a defender que a Ucrânia deve ter luz verde para aderir à NATO, assim que "as condições o permitam".
Na rede social Twitter, António Costa anunciou que "falou com o Presidente Zelensky, no dia em que se assinala a triste data dos 500 dias da guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia".
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Também Volodymyr Zelensky, minutos antes, divulgou a conversa com o primeiro-ministro português para "coordenar posições", pedindo uma "posição decisiva da Aliança relativamente à futura adesão da Ucrânia à NATO".