Costa "não tem a consciência tranquila" no diferendo com ex-governador do Banco de Portugal
Joaquim Miranda Sarmento sublinha à TSF que o tema é grave e os portugueses querem uma resposta o mais rápido possível.
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O PSD considera "estranho" o pedido de António Costa para prolongar o prazo de resposta às perguntas sobre a banca, e nota que o primeiro-ministro "não tem a consciência tranquila" no diferendo com Carlos Costa. O líder parlamentar do PSD sublinha que o Governo está "desorganizado e sem rumo".
Um mês depois do envio de 12 perguntas para São Bento, sobre a resolução do Banif e o afastamento de Isabel dos Santos do Banco BIC, o primeiro-ministro pediu o prolongamento do prazo para responder às questões, que pedem esclarecimentos sobre a polémica que envolve o primeiro-ministro e o antigo governador do Banco de Portugal Carlos Costa.
Em declarações à TSF, o líder parlamentar do PSD, Joaquim Miranda Sarmento, sublinha que o tema é grave e os portugueses querem uma resposta o mais rápido possível. Para o social-democrata, o pedido de prorrogação demonstra até que Costa "não está de consciência tranquila".
"António Costa mostra que não tem a consciência tranquila relativamente a este caso do Banco de Portugal, por isso, as suas respostas não serão fáceis de explicar", nota.
Além disso, o PSD lembra que António Costa "foi muito rápido a anunciar que ia colocar um processo ao antigo governador do Banco de Portugal e agora é muito lento a responder" às questões do partido.
Miranda Sarmento acrescenta que o Governo "está desorganizado, sem rumo e envolto em trapalhadas e confusões", tendo em conta os vários casos que têm marcado os primeiros meses do novo Executivo socialista, antevendo que "os próximos quatros anos de governação vão ser difíceis".
Questionado se o PSD está agora mais perto de pedir uma comissão de inquérito ao caso Banif, o líder parlamentar social-democrata garante que o partido "vai aguardar", mas pressiona António Costa a responder o mais rápido possível.
"Mantemos o que sempre dissemos, vamos aguardar e em função das respostas tomaremos uma decisão. Agora, esperamos não aguardar muito mais tempo. O primeiro-ministro tem um dever de resposta ao Parlamento", lembra.
No jantar de Natal do PSD, Luís Montenegro já tinha pressionado António Costa a responder às questões dos social-democratas, tendo em conta que o prazo regimental para a resposta terminava a 23 de dezembro.
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