Líder social-democrata comentou também a situação de Centeno, que diz ser um "ministro a prazo".
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O líder do PSD, Rui Rio acusa António Costa de não ter respondido ao que lhe perguntou na abertura do debate sobre o Programa de Governo e rejeita acusações de "populista" por ter confrontado o primeiro-ministro com a polémica que envolve o secretário de Estado da Energia, João Galamba, por causa dos contratos de exploração de lítio.
À saída do hemiciclo, o líder do PSD salientou, em resposta aos jornalistas, que "ficamos a saber que Centeno vai ficar a prazo" no governo e disse ter percebido que Costa não quis falar sobre a dimensão do executivo.
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"O que eu percebi é que não teve justificação para ter o governo mais caro e maior da história de Portugal. Relativamente ao ministro das Finanças, (o primeiro-ministro) não respondeu, portanto podemos tirar a ilação de que o ministro está a prazo", defendeu.
E depois de António Costa o acusar de fazer julgamentos de tabacaria, Rui Rio diz que "fazer perguntas é o papel da oposição".
"A notícia existe, é um facto, nós temos de a abordar. Se isto fosse um julgamento de tabacaria, os deputados não poderiam abrir a boca, porque poderiam estar eventualmente a incriminar um inocente", sublinhou, garantindo que "populismo" não é o seu estilo.
Apesar de ter sido duro no debate, o líder social-democrata insistiu, no final, que houve pouco tempo para estudar o programa de governo que, confessou aos jornalistas, não conseguiu ler na íntegra. "Eu pessoalmente, não, mas temos assessores que conseguem ler e nos dão as partes mais importantes do programa. É evidente que só dois dias (para ler) não dá a profundidade (de análise) que deve dar", rematou Rui Rio, que volta a ter palco no debate, quando intervir, em nome do PSD, no encerramento.