Costa reconhece que "alojamento é a maior barreira para o acesso ao ensino superior"
O primeiro-ministro reuniu-se com alunos e representantes do ensino superior.
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O primeiro-ministro, António Costa, reconheceu que o acesso ao "alojamento é hoje a maior barreira para o acesso ao ensino superior" e garantiu que o Governo está a investir na constante melhoria da ação social escolar com o objetivo de aumentar a oferta.
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"As verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) com as verbas do Orçamento do Estado vão ser reforçadas para responder ao aumento dos custos dos materiais de construção e vão permitir quase duplicar o número de camas disponíveis no ensino superior e 70% de aumento nos politécnicos até ao final de 2026. Temos noção de que o acesso ao alojamento é hoje a maior barreira para o acesso ao ensino superior. Não tenho dúvidas nenhumas de que muitas das habitações que antigamente eram dedicadas ao alojamento estudantil hoje foram desviadas para outro tipo de alojamento, seguramente mais rentável, mas criando um desequilíbrio muito grande no acesso ao alojamento estudantil", explicou António Costa, após reunir com a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico e com o Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos.
O primeiro-ministro referendou a lei aprovada pela Assembleia da República que vem permitir que os institutos politécnicos passem a atribuir o grau de doutor e a adotar a designação em inglês "Polytechnic University", para se internacionalizarem.
"Nós temos um sistema binário, politécnicos e universidades, mas não temos um ensino superior de primeira e um ensino superior de segunda", sublinhou António Costa. "Temos um ensino superior que tem uma oferta diversificada e diferenciadora daquilo que são os percursos de qualificação e de formação", notou, referindo que tal é "da maior importância".
Questionado ainda sobre o processo de revisão do regime jurídico das instituições do ensino superior, o chefe do Governo frisou que deve estar concluído até ao final de 2024.
"É importante que exista um diálogo franco, leal e que exista confiança entre todos. Para termos critérios iguais, sendo instituições diferentes, há uns que ficam satisfeitos e outros que não", acrescentou o primeiro-ministro.
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Notícia atualizada às 14h16