Costa responde ao "azedume" de Passos Coelho: "O diabo nunca mais chega e depois sai isto"
O agora ex-secretário-geral socialista diz compreender que seja "muito cansativo" estar há oito anos "à espera que o diabo chegue".
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O primeiro-ministro e antigo secretário-geral do PS, António Costa, respondeu esta terça-feira às palavras de Pedro Passos Coelho sobre a sua demissão classificando-as como "azedume" e dizendo perceber que seja "muito cansativo" esperar pelo "diabo" sem que ele chegue.
"O azedume não merece comentário. Respeito e percebo que deve ser muito cansativo estar há oito anos a contar dia após dia à espera que o diabo chegue. O diabo nunca mais chega e depois sai isto", disse Costa numa curta declaração aos jornalistas à entrada para o jantar de Natal do grupo parlamentar do PS, em Lisboa, já depois de ter apontado que "ao azedume nem se responde, nem se comenta. Não há nada a dizer. Acho que as palavras dele falam por si".
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O ex-primeiro-ministro Pedro Passos Coelho considerou esta manhã que a demissão de António Costa, na sequência do processo Operação Influencer, se deveu a "indecente e má figura", apelando a uma mudança política nas próximas eleições legislativas.
"Espero que o país saiba identificar no atual governo que está a cessar funções responsabilidades graves na situação a que o país chegou. Suficientemente graves para que o primeiro-ministro tenha sido o único que eu tenho memória que se tenha sentido na necessidade de apresentar a demissão por indecente e má figura", afirmou o antigo presidente do PSD.
No seu entender, Portugal precisa de "um governo esclarecido, que tenha um rumo bem definido e que tenha força, que é como quem diz, autoridade moral, para conduzir uma política diferente".