Sobre a receção portuguesa às vacinas e ao processo de vacinação, Costa reconhece "entusiasmo" por parte do país mas destaca que este vai ser um processo "longo, de vários meses".
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O primeiro-ministro, António Costa, deixou esta quarta-feira uma "mensagem de solidariedade" aos portugueses que estão em isolamento profilático, depois de o próprio ter concluído esta quarta-feira 14 dias de isolamento que "pareceram uma eternidade".
"Queria dizer que sei bem que estes 14 dias parecem uma eternidade que nunca mais acabam, mas acabam mesmo", afirmou, desejando a todos os portugueses que neste momento cumprem esse isolamento que o possam completar "em boa saúde", como foi o seu caso.
Questionado como passou estes dias, António Costa explicou que, como não teve qualquer sintoma, teve a "felicidade" de poder continuar a trabalhar.
"Grande parte do tempo foi ocupado a fazer o meu trabalho. Nos momentos que não estive a trabalhar, foi uma sensação ao contrário do habitual... Os tempos livres são mesmo os mais penosos", afirmou.
A revelação foi feita no âmbito de uma visita ao Hospital Fernando da Fonseca, onde esteve com a ministra da Saúde, para inaugurar uma nova unidade de Cuidados Intensivos de Nivel 2.
Na primeira aparição pública das últimas duas semanas, o primeiro-ministro analisou a receção portuguesa às vacinas e ao processo de vacinação, reconhecendo a existência de "entusiasmo" no país, mas destacou que este vai ser um processo "longo, de vários meses".
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"A Covid-19 vai continuar entre nós, e isso significa que não podemos baixa a guarda", alertou o chefe de Governo. "Muito cuidado, apesar de termos a vacina."
Sobre o tema que o levou o Hospital Fernando Fonseca, o primeiro-ministro deu conta de que o reforço da capacidade hospitalar "era uma necessidade do país independentemente da Covid-19" e apresentava-se como "uma prioridade" do Governo atingir a média de camas da União Europeia.
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"A pandemia tornou mais urgente e inadiável aquilo que já era necessário", explicou, assinalando também que o hospital fica agora "com o dobro da capacidade" de internamento em Cuidados Intensivos que tinha".
Função pública sem tolerância de ponto no Ano Novo
Reforçando que no SNS todos podem encontrar "os melhores profissionais de saúde", o primeiro-ministro deixou votos de um bom ano para todos os portugueses antes de revelar que não há tolerância de ponto no dia 31 de dezembro.
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"A Administração Central não terá, este ano, tolerância de ponto. Como se sabe, adotámos medidas muito restritivas para a passagem do ano", sublinhou o primeiro-ministro. Depois de um Natal em que "felizmente", como classificou, foi possível "aligeirar as medidas de restrição", é necessário agora um período de contenção "para avaliar os resultados".