Nos próximos dois anos, a Infraestruturas de Portugal vai fazer obras de beneficiação do espaço para proporcionar "mais zonas de conforto".
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Vinte anos após a inauguração, a Gare do Oriente continua a ser elogiada pela beleza arquitetónica, mas criticada pelo desconforto que causa aos 150 mil utentes que por ali passam diariamente.
Um dos projetos-bandeira da Expo 98, desenhado por Santiago Calatrava, é ventoso e frio. Desagradável, sobretudo no inverno, reconhece António Laranjo, presidente da Infraestruturas de Portugal (IP).
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O arquiteto espanhol "talvez não tenha pensado tanto no conforto quanto a cidade de Lisboa exige", afirma o responsável pela empresa pública que gere o espaço.
A sujidade, que se agrava com a "falta de civismo", é outro dos problemas. "Gostaríamos de ter a estação mais limpa. Temo-la nas condições que neste momento é possível ter", refere o responsável.
António Laranjo explica que a "exiguidade" e "pequena dimensão" dos caixotes do lixo foram algumas das "várias coisas" que, desde sempre, constituíram "uma guerra grande" com o arquiteto. "Ele queria que eles passassem quase despercebidos". Assim, a simples colocação de mais caixotes do lixo está sempre condicionada à aprovação do espanhol. "Não podemos começar a semear papeleiras por aí, temos de o fazer sempre de acordo com o arquiteto", o que torna a remodelação "um projeto sensível".
Segundo António Laranjo, este é um tema que "está a ser trabalhado" de modo a que, nos próximos dois anos, seja implementado "um projeto de reabilitação que proporcionará melhores zonas de conforto à estação". O projeto "está a ser pensado, para ser desenvolvido e depois executado". Algumas das melhorias passam pela iluminação, pintura e a criação de guarda-ventos para abrigar os utentes.
A Gare do Oriente é o maior interface de transportes do país, com um movimento diário de 200 comboios, 200 autocarros locais, regionais, nacionais e internacionais para 27 países, 600 táxis, 160 composições de metro e 2.200 automóveis que estacionam nos parques subterrâneos.
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