Cotrim destaca "cordialidade" com Jerónimo, apesar de "PCP não ser partido democrático"
Cotrim de Figueiredo "não acredita" que o PCP "vá mudar" com o novo secretário-geral.
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João Cotrim de Figueiredo revela simpatia por Jerónimo de Sousa e deseja felicidades ao ainda secretário-geral do PCP. No entanto, o líder da Iniciativa Liberal (IL) traça linhas antidemocráticas aos comunistas.
Antes do início do Conselho Nacional da IL, em Coimbra, Cotrim de Figueiredo admite que sempre teve uma "relação cordial" com Jerónimo de Sousa, de quem "não tem nada a dizer", mas defende que o PCP é um partido antidemocrático.
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"A atividade política do PCP tem sido de continuar a apoiar ditaduras, de continuar a não defender direitos humanos e apoiar invasões e violações de soberanias territoriais, sempre com a maior das naturalidades. Não creio que vá mudar com o novo secretário-geral", admite.
Já "no trato pessoas", a cordialidade marcou a relação entre os dois líderes partidários que estão de saída, em bancadas opostas, com Cotrim de Figueiredo a desejar "as maiores felicidades", esperando que "os problemas de saúde não sejam graves".
Jerónimo de Sousa anunciou a saída da liderança do PCP "no prosseguimento de uma avaliação própria, refletindo sobre a sua situação de saúde e as exigências correspondentes às responsabilidades que assume".
Para o lugar do histórico dirigente comunista entra Paulo Raimundo, "de uma geração mais jovem, com um percurso de vida marcado por uma experiência diversificada", como destaca o partido em comunicado, enviado às redações no sábado.
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