A Segurança Social registou um excedente orçamental de 2250 milhões de euros em 2021.
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O relatório do Conselho de Finanças Públicas (CFP), divulgado esta quinta-feira, aponta para para uma subida de 1919 milhões de euros do lado da despesa, para fazer face à pandemia de Covid-19.
Apesar da recuperação da económica, de acordo com o Conselho de Finanças Públicas as contas da Segurança Social continuaram a sofrer o impacto da resposta à Covid-19 em 2021.
O excedente orçamental atingiu os 2250 milhões de euros. Mas, refere a nota, teria sido de 2625 milhões, não fossem as medidas adotadas no âmbito do combate à pandemia, que carregaram a despesa em 1919 milhões de euros. Além disso, as perdas em contribuições, tiveram de ser compensadas por transferências do Orçamento do Estado que ascenderam a 1545 milhões de euros.
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Na verdade, alerta o relatório do CFP, é muito provável que o valor do excedente fosse até bastante superior, uma vez que, além das medidas extraordinárias, não é possível calcular, em rigor, quanto é que a pandemia impactou na despesa com subsídios de desemprego e de doença.
Apesar desta conclusão, o documento dá conta de uma redução nas transferências do orçamento. A explicação reside no facto de que, com o lay-off, em 2020, as perdas em contribuições para a segurança social tinham custado ao estado quase mais meio milhão de euros do que acabou por verificar-se em 2021.
Outra das conclusões deste órgão, liderado por Nazaré da Costa Cabral é que, no ano passado, a atualização extraordinária das pensões registou o maior aumento de sempre no peso sobre a despesa, com um crescimento de quase 300 milhões de euros.
Desde 2017, ano em que tiveram lugar pela primeira vez, que o peso destas atualizações extraordinárias na despesa efetiva tem vindo a aumentar, sublinha a nota do CFP.