Covid-19: MP acusa doze "negacionistas" de injúria e tentativa de agressão contra Gouveia e Melo e Ferro Rodrigues
A investigação da Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária identificou apenas parte dos suspeitos
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Doze pessoas que não acreditavam na eficácia das vacinas da Covid-19 foram acusadas de crimes de injúria e tentativa de agressão contra Gouveia e Melo e Ferro Rodrigues. A informação é avançada pelo Diário de Notícias, que teve acesso ao despacho da acusação.
De acordo com o jornal, o Ministério Público acusou os "negacionistas" de ofensa à integridade física na forma tentada ao atual chefe de Estado-maior da Armada. No caso de Ferro Rodrigues, na altura presidente da Assembleia da República, estão também em causa crimes de ofensa a integridade física de forma tentada e consumada e injúria agravada.
A investigação da Unidade de Contraterrorismo da Polícia Judiciária identificou apenas parte dos suspeitos, estando atualmente 12 "negacionistas" acusados por crimes de ofensa à integridade física, na forma tentada e consumada, e injúria agravada.
A procuradora do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa classificou as críticas ao Chefe de Estado-Maior da Armada como “liberdade de expressão”, por se dirigirem à área profissional e não pessoal, mas o mesmo não aconteceu no caso de Ferro Rodrigues, considerando que as ofensas atingiram “a honra, reputação e bom-nome” do ex-presidente da Assembleia.
O primeiro caso ocorreu em agosto de 2021, quando 40 manifestantes gritaram “assassino” e “genocida” contra Gouveia e Melo, junto ao Centro de Vacinação para a Covid-19, em Odivelas. Já o segundo episódio aconteceu um mês depois, quando, durante um almoço junto ao Parlamento, Ferro Rodrigues foi ofendido com termos como "pedófilo" e "nojento".
