A história da casa é antiga e remete para várias funcionalidades em tempos idos. O século XX trouxe ventos e o novo ciclo de um restaurante ribatejano, assenta numa cozinha regional e de sabores caseiros. De outros tempos, só manteve o nome de taberna. Por que faz parte da história da casa.
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No coração do Ribatejo, irrigado pelo fértil caudal do Tejo, a ligação rodoviária entre a Golegã e a Chamusca é feita através de uma centenária ponte construída em ferro.
A estrutura, inaugurada em 1909, ficou a dever-se a Isidro dos Reis e foi pensada, inicialmente, para fazer chegar o comboio à vila da margem esquerda.
Transposto o rio através da ponte com 756 metros de extensão, virando, à esquerda no cruzamento da Nacional 118 na direção do Tramagal, surge, 3,5 km mais à frente, à margem da estrada, a Taberna da Rita.
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É um restaurante de cozinha tradicional, instalado numa casa que conheceu várias fases, e cujo nome deixa perceber a origem do negócio: ali teve porta aberta uma loja que vendia quase tudo, de fruta e legumes a carne que provinha de matadouro próprio, uma taberna e adega.
Este verdadeiro complexo, localizado na aldeia de Pinheiro Grande, encerrou, esteve votado ao abandono, mas foi recuperado por uma associação de desenvolvimento local.
À entrada do século XXI ganhou nova vida, mas em 2006 iniciou outro ciclo, com mudança na liderança dos fogões. A cozinha regional passou a ser uma aposta forte deste restaurante que se divide por cinco salas, todas com nomes que relembram o passado da casa e são ideais para grupos: casa de costura; de jantar; da desmancha; da ponte e adega do Matias.
A decoração rústica enquadra-se de modo perfeito no ambiente castiço da região. Ambiente confortável neste restaurante com uma cozinha simples e que dá particular atenção aos produtos locais e da época.
Pratos bem apresentados e entradas saborosas: queijos; linguiça, entremeada e pimentos ou alheira assada.
O bacalhau assado na brasa com couves a soco é prato com fama, justificado pela dimensão da posta, mas não o único: arroz de peixe com grelos; galinha de cabidela; queixadas de porco; cozido à portuguesa, quando o tempo é de inverno, ou coelho à caçador figuram entre os cozinhados mais icónicos.
Na época, o peixe do rio - sável, com açorda de ovas; fataça frita e o achigã grelhado - alarga a escolha e acentua o caráter regional da cozinha.
Na doçaria, de fabrico caseiro, arroz doce, pudim de ovos e leite-creme formam trio de eleição.
Garrafeira preenchida, em maioria, pelos vinhos do Tejo. Serviço muito simpático neste restaurante tradicional. TABERNA DA RITA, entre a Chamusca e o Arrepiado.
Onde fica:
Localização: Largo Bernardino Vaz Monteiro - Pinheiro Grande (Chamusca)
Telef.: 249 740 000