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A CP usou o saldo da conta de gerência de 2019 para pagar os meses de salários de março e abril.
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A Comboios de Portugal (CP) assegura, em resposta à TSF, que está em contacto com o Governo para "tomar as necessárias medidas para garantir o pagamento de todos os compromissos", tanto a trabalhadores como a fornecedores, "apesar do impacto financeiro que a atual situação de pandemia provoca nas contas da empresa".
Esta segunda-feira, o jornal Público notificou que a CP teve uma quebra de 95% nas receitas e que usou o saldo da conta de gerência de 2019, que estava cativado pelas finanças, entre os 20 e os 30 milhões de euros, para pagar os salários dos meses de março e abril.
A preocupação existe agora relativamente ao mês de maio em que as receitas não devem subir consideravelmente e a folga que existiu nos meses anteriores já não é possível de usar.
Neste momento e devido à pandemia do novo coronavírus, apesar de a CP estar em funcionamento, há uma redução na oferta de serviços que ronda os 25% e, mesmo os comboios que circulam, exceto exceções, andam muitas vezes sem clientes, o que implica a falta de receitas de bilheteira.
A CP teve ainda de reembolsar clientes em mais de um milhão de euros, segundo o Dinheiro Vivo, devido às restrições de circulação que foram impostas pelo decreto do estado de emergência e pelas medidas de confinamento.