As duas raposinhas foram recuperadas na freguesia rural de Nossa Senhora de Machede.
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Estavam molhadas pela chuva e com algumas feridas ligeiras. Foram encontradas no dia 31 de março perto de um hotel rural e quem as descobriu entregou-as ao Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) do Destacamento Territorial de Évora da GNR. Por sua vez, os elementos da Guarda Nacional Republicana levaram-nas para o Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Évora onde estão a ser tratadas. Os técnicos do centro ainda voltaram ao local onde foram descobertas para tentar encontrar a mãe raposa, mas sem resultado.
"Durante parte da tarde e noite ficámos de vigia enquanto as raposinhas iam chamando pela mãe", conta a responsável pelo centro.
Ana Rita Sanches explica que a progenitora nunca apareceu e os técnicos não arriscaram deixar as crias no local. A técnica lembra que pode ter sucedido algo à fémea: ou ter-se afastado para caçar e quando regressou não encontrou os filhos, ou pode ter ficado ferida ou ela própria ter sido caçada.
Nesta altura as duas raposinhas estão bem de saúde e a ser alimentadas, embora com algum distanciamento por parte dos técnicos. Vão provando já alguma comida sólida, mas ainda bebem leite.
"Agora o maior desafio é que se mantenham silvestres", avança a técnica.
O Centro de Recuperação de Animais Silvestres de Évora pensa que talvez daqui por um ou dois meses os animais possam regressar à natureza. Estão a ser treinados para que isso aconteça.
"Apresentamos os itens alimentares escondidos, ou agarrados a um fio, para que os façamos mover para os obrigar a procurar", explica.
Depois de libertadas o Centro de Évora ainda vai tentar vigiar as duas raposinhas por algum tempo para perceber se a adaptação à natureza está a ser conseguida.