Em 2014 registaram-se 19.061 casos de criminalidade violenta e grave, menos 1086 em relação a 2013.
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A criminalidade violenta e grave desceu 5,4 por cento, em 2014, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI), hoje apresentado em Lisboa.
De acordo com o relatório, que apresenta os principais resultados da criminalidade e atividade das forças e serviços de segurança, em 2014 registaram-se 19.061 casos de criminalidade violenta e grave, menos 1086 em relação a 2013.
Este tipo de criminalidade teve, no entanto, um aumento "residual" nos distritos de Braga, Bragança, Portalegre, Porto, Viana do Castelo e Vila Real.
O documento foi hoje apresentado em conferência de imprensa pela secretária-geral do Sistema de Segurança Interna, Helena Fazenda, que salientou que os números sobre criminalidade violenta têm vindo a baixar, sobretudo nos últimos três anos.
Em termos gerais, disse a responsável, a criminalidade diminuiu 6,7 por cento em 2014 em todos os distritos do país (em relação a 2013), registando-se 343.768 participações, menos 24.684 do que no ano anterior.
A tendência de descida da criminalidade tem acontecido desde 2008 e acentuou-se nos dois últimos, com menos 10 por cento de participações.
Do total da criminalidade participada, destacam-se os crimes contra o património e os crimes contra as pessoas, que constituem 80 por cento da criminalidade e que também diminuíram em todos os distritos.
Lisboa representa um quarto das participações, seguindo-se Porto e Setúbal. Os três distritos representam mais de 50 por cento da criminalidade participada.
De acordo com os dados apresentados por Helena Fazenda, dos tipos de crime que mais desceram contam-se o furto em residência (menos 13 por cento), a condução em estado de embriaguez e sem habilitação e ainda o furto de metais não preciosos.
Ainda em relação à criminalidade violenta e grave, a responsável destacou, pelo maior número de participações, o roubo na via pública, o roubo por esticão e a resistência e coação sobre funcionários (ao todo representam 76 por cento das participações e concentram-se em Lisboa, Porto e Setúbal).
Diminuíram os roubos a correios, ourivesarias, bancos, farmácias, o roubo de viaturas e também o homicídio teve um decréscimo de 13,8 por cento, com 100 participações.
Ainda segundo o documento apresentado por Helena Fazenda, os casos de fogo posto diminuíram quase 50 por cento. E diminuíram também os presos preventivos e condenados (menos dois por cento).