A criminalidade violenta e grave desceu 7,8 por cento, em 2012, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) de 2012, hoje apresentado em Lisboa.
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No total, as participações às polícias caíram 2,3%, em 2012, ou seja, houve menos 10 mil casos. Mesmo assim, ocorreram 395 mil crimes no ultimo ano.
A queda mais significativa foi na criminalidade mais grave e violenta: 24 mil crimes em 2011 para pouco mais de 22 mil em 2012, o que representa um recuo de 7,8 por cento.
O último ano foi mesmo um dos que registou menos crimes deste tipo na ultima decada.
Esta queda deve-se, sobretudo, à diminuiçao dos roubos de caraterísticas mais graves na via pública, mas também dos casos de associação criminosa, furtos a transportes de valores, farmácias e raptos ou sequestros.
Contudo, há alguns crimes que aumentaram no úlltimo ano, como é o caso dos roubos a bancos, os roubos a casas, ou homicídios voluntários, tendo-se registado subidas de quase 40 por cento.
Com aumentos, embora menores, estão também os assaltos em escolas, a extorsão e os roubos a ourivesarias.
O relatório diz ainda que, no período em análise, Guarda e Castelo Branco foram os distritos onde aumentou mais a criminalidade grave e violenta.
Estes dados foram hoje apresentados no final de uma reunião do Conselho Superior de Segurança Interna, presidida pelo primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.
Ouvido pela TSF, o presidente da Associaçao Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP) admitiu que vê, cada vez mais, trabalho no terreno.
Paulo Rodrigues explicou, ainda assim, que a queda agora relatada pelo relatório tem lógica, tendo em conta aquela que diz ser a cada vez maior eficácia do trabalho dos polícias.