Crise nas urgências? Ministro diz que "Portugal é um dos melhores países do mundo para se nascer"
Manuel Pizarro garante que o Governo "está muito atento às zonas do país onde o SNS tem mais dificuldades em dar uma resposta plena às pessoas".
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O ministro da Saúde garantiu, esta quarta-feira, que Portugal é "um dos melhores países do mundo para se nascer", afirmando que é preciso assegurar que as pessoas sabem onde podem encontrar os serviços de saúde abertos.
"Portugal é um dos melhores países do mundo para se nascer. 2020 e 2021 foram os dois melhores anos de sempre ao nível da baixa mortalidade infantil. Temos que organizar os serviços para garantir que continuamos a assegurar às mães que Portugal é um belo país para se nascer", disse Manuel Pizarro em declarações aos jornalistas, na Moita.
Questionado sobre as medidas concretas da operação "Natal em segurança no SNS", o ministro remete para a apresentação do plano que será feita esta quinta-feira pela direção executiva do Serviço Nacional de Saúde. Ainda assim, Manuel Pizarro referiu que "o ideal é que os serviços funcionem em pleno", não sendo possível "há que dar uma resposta de qualidade e segurança". "O ideal é que isto funcione da forma mais perfeita possível", defendeu.
"O Governo está muito atento às zonas do país onde o SNS tem mais dificuldades em dar uma resposta plena às pessoas", sublinhou.
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A deliberação assinada pelo diretor executivo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) passa por um reforço do trabalho em rede, com a cooperação e partilha de recursos em seis hospitais da grande Lisboa: o Hospital Santa Maria, a Maternidade Alfredo da Costa, o Hospital São Francisco Xavier, o Hospital Fernando Fonseca (Amadora/Sintra), o Hospital de Vila Franca de Xira e o Hospital Beatriz Ângelo, em Loures.
Até ao final de março de 2023, o serviço de urgência de ginecologia e obstetrícia de um destes hospitais vai estar fechado aos fins de semana, de forma rotativa.
Relativamente aos tempos de espera nas urgências, Manuel Pizarro considerou que "a situação tem melhorado nas últimas semanas", com os utentes "a recorrerem aos centros de saúde e à linha SNS24".
"Os serviços têm vindo a adaptar-se e os problemas têm diminuído, mas continuarão a existir porque é preciso medidas estruturais que podem demorar mais tempo a fazer efeito", explicou. "É necessária uma resposta conjuntural e temporária para dar previsibilidade e segurança na resposta aos utentes", reiterou.