A líder do CDS -PP visitou a área ardida do concelho de Águeda, onde lavrou um dos maiores incêndios do país este verão, e ouviu queixas relativamente à falta de meios.
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Assunção Cristas defendeu a continuidade da carreira de Guarda Florestal, um maior investimento nas ZIF - Zonas de Intervenção Florestal e ouviu do autarca do Préstimo, a freguesia mais afetada pelos incêndios, cerca de 70% de área ardida, queixas da falta de meios e da falta de comunicação entre governo e áreas afetadas pelos incêndios.
Durante a manhã recordaram-se momentos de pânico, observou-se o manto castanho queimado, ouviram-se queixas pela falta de meios, pela voz de Pedro Vidal, presidente de Junta do Préstimo e Macieira de Alcôba. "Quando os meios aéreos chegaram o fogo foi apagado, estivemos aqui com muito poucos meios, completamente abandonados".
Assunção Cristas ouviu e aconselhou a criação de uma ZIF - Zona de Intervenção Florestal, que não existe na freguesia. Considera a líder do CDS-PP que esta é uma estratégia a plantar a nível nacional. "Procurando juntar os proprietários, agregando, fazendo um emparcelamento. Sabemos que as pessoas resistem muito e é difícil, mas pelo menos de gestão. Certificando a floresta quando ela for rearborizada".
Com o objetivo de diminuir incêndios, Assunção Cristas defende uma descentralização de competências nesta matéria. "Dar mais poder aos municípios, pois uma das críticas que se ouve tem a ver com a gestão dos baldios, mas quando as Juntas de Freguesia possam assumir, e bem, a gestão dos baldios é importante que isso aconteça."
Para a líder do CDS-PP, é também importante que haja uma campanha de prevenção. "Ser mais eficaz prevenindo que pessoas com cadastro conhecido nesta área continuem a colocar fogos".
A fiscalização da floresta foi outra das ideias semeadas por Assunção Cristas, e para isso a carreira de guarda-florestal deve ser mantida. "O CDS veria com muitos bons olhos que a carreira de guarda-florestal pudesse ser reforçada. Esteve para ser extinta, mas foi recuperada pelo governo anterior e foi-lhe dada uma dignidade de carreira autónoma".
Porque para o CDS-PP é preciso que haja uma entidade que conheça a floresta ao pormenor, estando ligada, ou não, à Guarda Nacional Republicana.
Momentos de desgraça têm de ser momentos de recomeço, diz Assunção Cristas.
O parlamento tem recomendações nesta matéria é preciso consistência na aplicação das políticas.
Assunção Cristas defende que haja consenso de todos os partidos em torno da temática floresta, porque é dela que dependem muitas famílias portuguesas com baixos rendimentos.