Críticas de Marcelo à DGS? Constantino Sakellarides garante que podiam ter sido evitadas
O antigo diretor-geral da Saúde diz que Marcelo devia ter pedido informação à DGS.
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O Presidente da República mostrou-se insatisfeito com a indefinição da Direção-Geral da Saúde (DGS) quanto às regras para a Festa do Avante. Marcelo Rebelo de Sousa pediu celeridade, mas Constantino Sakellarides, antigo diretor-geral da Saúde, nota que o reparo podia ter sido evitado.
Em declarações à TSF, Constantino Sakellarides garante que Marcelo Rebelo de Sousa tinha os meios necessários para obter informação sobre a demora da DGS.
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"Estas críticas não são positivas. Era preferível que os políticos tentassem obter informação sobre o porquê dos constrangimentos. Esta informação podia ter sido obtida facilmente por qualquer político, evitando uma crítica pública desta natureza", aponta.
O antigo diretor-geral da Saúde reconhece que nem sempre aprova os procedimentos do organismo que já liderou. Ainda assim, desta vez, a DGS fez bem em manter o silêncio sobre o documento para a Festa do Avante.
"Grande parte da novela em torno do evento tem pouco a ver com a saúde pública. Tem mais a ver com outras coisas. A autoridade de saúde faz muito bem em tentar separar-se de outros aspetos, seguindo o seu caminho."
Constantino Sakellarides admite que o ideal era que o parecer tivesse sido divulgado mais cedo, mas lembra os contornos pandémicos que o mundo vive. O antigo diretor-geral da Saúde afirma ainda que realizar um evento na Área Metropolitana de Lisboa, com pessoas de todo o país, acarreta várias dificuldades.
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