Gonçalo Órfão revela que já houve conversas informais com o governo, para realizar testes rápidos nas escolas, que vão manter-se abertas no novo confinamento.
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A Cruz Vermelha já fez 80 mil testes rápidos e já doou ao Estado cerca de 500 mil. São números avançados à TSF pelo coordenador de emergência da Cruz Vermelha, que lidera também a resposta da instituição à Covid-19.
Gonçalo Órfão revela que já houve conversas informais com o governo, para realizar testes rápidos nas escolas, que vão manter-se abertas no novo confinamento. O responsável explica que à medida que a vacinação avança nos lares de idosos, faz sentido direcionar este rastreio para outros grupos, como escolas e empresas.
"Nós não vamos conseguir vacinar toda a população no mesmo instante. Por isso, a partir do momento em que temos esta primeira linha vacinada, podemos olhar para onde são as zonas da comunidade onde a transmissão da doença é mais fácil, causa maior impacto e pode trazer maiores consequências, por exemplo escolas e empresas, onde, naturalmente, conseguimos detetar surtos de uma forma precoce numa população que ainda não se encontra vacinada vai também ajudar no combate global à pandemia", sustenta.
O objetivo dos testes rápidos é fazer uma deteção precoce da Covid-19, para controlar os surtos em grupos de risco.
Gonçalo Órfão sublinha que não vai ser possível fazer testes rápidos em todas as escolas, como pedem os professores e dirigentes escolares: "Logisticamente provavelmente será uma tarefa difícil, mas, mais uma vez, temos de nos focar onde é que há maior risco de doença, onde é que existe maior incidência da doença e onde é estão maiores comunidades de risco, ou seja, provavelmente, vamos sempre focar-nos em distritos e concelhos que tenham uma maior incidência de doença ativa, mas também em grupo de escolas em que tenham um número absoluto de pessoas superior."
Os diretores das escolas pedem urgência nos testes rápidos, defendendo que os professores e funcionários tenham prioridade sobre os alunos, mas a campanha está ainda a ser articulada entre os ministérios da educação e da saúde.
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