Custos superiores a 300 mil euros. Liga dos Bombeiros pede que Proteção Civil seja "mais célere" a liquidar despesas
Há associações humanitárias que terão já despendido 300 mil ou 400 mil euros no apoio ao combate aos incêndios. Em declarações à TSF, António Nunes apela à Proteção Civil que "crie as condições necessárias e suficientes para, no mais curto espaço de tempo, proceder à liquidação dessas verbas adiantadas"
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A Liga dos Bombeiros pede à Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil que seja mais rápida a pagar às associações humanitárias pelas despesas com combustível e alimentação. Em declarações à TSF, o presidente da Liga dos Bombeiros lembra que, nesta altura, há muitas corporações deslocadas a combater incêndios fora da área habitual de atuação. Por isso, António Nunes pede rapidez no pagamento daquelas despesas.
"Normalmente o que acontece é que há um processo burocrático de preenchimento de um conjunto de documentos e relatórios e a despesa é paga um pouco tarde, isto é, por vezes, um mês, dois meses, três meses depois da ocorrência", explica à TSF António Nunes, considerando que, tendo em conta a dimensão desta ocorrência, é "absolutamente necessário que o processo seja mais célere".
Desta forma, a Liga dos Bombeiros pede que "a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil crie as condições necessárias e suficientes para, no mais curto espaço de tempo, proceder à liquidação dessas verbas que as associações humanitárias já adiantaram".
Segundo António Nunes, há associações humanitárias que terão já despendido 300 mil ou 400 mil euros no apoio ao combate aos incêndios. A Liga dos Bombeiros está também preocupada com as avarias que se têm registado nas viaturas envolvidas no combate aos incêndios.
“São fogos muito intensos, algumas das viaturas já têm alguma idade e precisamos de regenerá-las", argumenta, sublinhando que já foram registadas muitas avarias nos combates aos incêndios nos últimos dias.
"Alguns carros têm 30 ou 35 anos e é natural que, para fogos desta dimensão, com uma intensidade de 4-5 dias, uma ou outra peça possa inviabilizar a continuidade da viatura no combate ao incêndio", acrescenta.