Arcebispo de Braga sublinha o papel das novas tecnologias como forma de evitar a solidão e isolamento.
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O arcebispo de Braga, D. Jorge Ortiga, apela à criatividade dos portugueses para que possam reinventar as celebrações de Natal num contexto de pandemia. Em declarações à TSF, o arcebispo admite que o recurso às novas tecnologias é uma alternativa viável aos convívios tradicionais para evitar contágios por Covid-19.
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Este sábado foram conhecidas as restrições impostas pelo Governo aos períodos do Natal e Ano Novo e, questionado sobre as mesmas, D. Jorge Ortiga admite que já as esperava mas deixa um apelo à responsabilidade.
"Teremos de nos organizar com um certo sentido de criatividade para darmos às festas de Natal o mesmo significado mas com menos aspetos exteriores", nota. "Se o Natal é uma festa com troca de afetos, tudo isto terá de ser reinventado."
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E como se evitam, então, os contactos desnecessários? Videochamadas, mensagens, emails e telefonemas são todas alternativas ao contacto direto nesta quadra e numa "vida digital que pode tornar-se, verdadeiramente, em presença".
D. Jorge Ortiga sugere que se troquem "mensagens positivas, mensagens de alento e que olhem um bocadinho para aquilo que de bom a vida tem e para que não nos detenhamos somente no pessimismo e na tristeza". E a pandemia de Covid-19 deixou, também ela, uma mensagem: "Somos todos iguais." Mas alguns vivem sozinhos.
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O arcebispo de Braga lembra os que vivem sozinhos, algo que "acontece em casas, lares ou hospitais", onde se cria um "clima de depressão" e pede que a solidão e isolamento sejam combatidos também com "telefonemas e mensagens".
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Conhecidas as medidas do Governo, a Conferência Episcopal Portuguesa deve decidir esta semana sobre a realização das tradicionais celebrações de Natal e Ano Novo.