Da "madrinha de casamento" à dirigente "atenta ao fenómeno social": antigos líderes da CGTP recordam Maria do Carmo Tavares
A TSF falou com Arménio Carlos e Manuel Carvalho da Silva e ambos destacam o trabalho fundamental da sindicalista pela intervenção da CGTP na sociedade
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A dirigente da CGTP-IN Maria do Carmo Tavares morreu aos 76 anos. Antigos secretários-gerais da central sindical falam numa mulher "estudiosa" e "justa", assinalando o seu contributo na luta por melhores condições de trabalho.
O antigo secretário-geral desta central sindical Arménio Carlos trabalhou muito tempo com Maria do Carmo Tavares e recorda, na TSF, uma dirigente muito empenhada, "estudiosa" e "atenta ao fenómeno social". Por isso mesmo, assumiu um papel "preponderante" no que à intervenção da confederação sindical diz respeito.
Neste sentido, Arménio Carlos defende que o trabalho de Maria do Carmo Tavares foi "decisivo" na abertura da central sindical à sociedade, promovendo a saída da CGTP dos locais de trabalho "para a rua, em diversas praças e cidades deste país, para fazer abertamente em tribunas públicas uma discussão com as pessoas, que passavam, paravam, ouviam e eram convidadas a intervir e a manifestar as suas opiniões".
Por sua vez, Manuel Carvalho da Silva, que foi secretário-geral da CGTP durante 25 anos, destaca à TSF o contributo desta mulher para as mudanças na Segurança Social.
A relação de Carvalho da Silva com Maria do Carmo Tavares não se limitou ao sindicalismo: "Era uma amiga muito querida, foi madrinha do meu segundo casamento. Era uma pessoa muito justa."