Da Póvoa de Varzim a Faro: agitação marítima danifica estruturas nas praias um pouco por todo o país
Estavam previstas ondas com altura significativa até quatro metros na costa ocidental e que poderiam atingir a altura máxima até sete metros, uma situação pouco frequente em agosto e que resulta do posicionamento do ciclone pós-tropical ERIN
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A agitação marítima, que se faz sentir desde terça-feira, danificou várias estruturas junto a algumas praias de Norte a Sul do país, desde a Póvoa de Varzim até ao Algarve.
Na praia de Faro, a subida da maré e a forte ondulação registada na preia-mar causou a destruição do passadiço de madeira e de algumas passadeiras de acesso. Em declarações à TSF, o comandante Vítor Dias, da capitania do porto de Faro, afirma que as ondas fortes coincidiram com a preia-mar e provocaram estragos em zonas que não costumam ser tocadas pelo mar.
“A ondulação chegou a sítios que normalmente não costuma chegar, e concretamente na Praia de Faro, destruiu as passadeiras que estão sobre o areal. Os acessos à praia estão disponíveis, a única consequência é que a deslocação na praia terá de se fazer por cima da areia, em vez de ser por cima daquela passadeira”, explica à TSF Vítor Dias.
Já na Figueira da Foz, a agitação marítima não fez muitos estragos, mas apanhou desprevenidos os banhistas que estavam na areia.
“Na altura da preia-mar, houve aqueles avanços já previstos do mar em algumas zonas de praia, que ficaram sem areia e que apanharam alguns banhistas. De resto, além dos vários avisos que as pessoas tiveram de ter para não se aproximarem da linha de água, não houve necessidade de empenhar nenhum meio de salvamento”, adianta à TSF o comandante do Porto da Polícia Marítima da Figueira da Foz, Pedro Costa, sublinhando que foram registados “alguns danos” nos acessos às praias.
“Há escadas que ficam nas muralhas e que fazem parte dos acessos às praias e o mar chegou lá”, acrescenta.
Na Póvoa de Varzim, houve alguns estragos, mas, à TSF, a capitania do porto da Póvoa de Varzim garante que foram pouco significativos.
Segundo a agência Lusa, um bar de praia na Póvoa de Varzim ficou com a esplanada danificada devido à forte ondulação que se fez sentir. A estrutura, localizada na praia da Lagoa, na freguesia de Aver-o-Mar, sofreu danos significativos na esplanada em madeira, assim como em alguns objetos de decoração e mobiliário.
Na segunda-feira, em comunicado, o IPMA explicou que estavam previstas ondas com altura significativa até quatro metros na costa ocidental e que poderiam atingir altura máxima até sete metros, uma situação pouco frequente em agosto e que resulta do posicionamento do ciclone pós-tropical ERIN.
Na sequência do agravamento das condições marítimas, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) e a Autoridade Marítima Nacional (AMN) alertaram a população, aconselhando medidas preventivas.
A AMN apelou aos banhistas que tenham cuidado numa ida à praia, e que frequentem praias permanentemente vigiadas, respeitem a sinalização das bandeiras e das praias e as indicações dos nadadores-salvadores e demais elementos de vigilância, vigiem permanentemente as crianças e evitem colocar-se debaixo de arribas.