O ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, disse hoje que os dados da PSP e da GNR apontam para um abrandamento da criminalidade no primeiro trimestre do ano.
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Ressalvando que os dados são provisórios e que apenas dizem respeito à PSP e GNR, Miguel Macedo afirmou que no primeiro trimestre registou-se uma «tendência de alguma baixa da criminalidade».
«No geral não se nota um agravamento. Pelo contrário, em algumas zonas, nota-se um abrandamento dessa criminalidade. Mas são situações provisórias», disse aos jornalistas o ministro, no final de uma audiência na Comissão Parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias.
Miguel Macedo adiantou que o relatório da criminalidade do primeiro trimestre inclui também os números da Polícia Judiciária, existindo ainda a intenção de passar a abranger os dados do Ministério Público.
«No que é conhecido até ao final do primeiro trimestre, aquilo que eu posso dizer é que não há um agravamento da criminalidade», garantiu.
O ministro disse ainda que não vai renovar a lei de investimento em instalações e equipamentos da GNR e da PSP, um plano estipulado pelo anterior Governo que estava em execução e previa a aplicação 400 milhões de euros ao longo de quatro anos, ou seja, entre 2007 e 2011.
Miguel Macedo defendeu que não vale a pena criar ilusões, sublinhando que não há dinheiro para prosseguir com o que estava programado e não se concretizou.
Um escrutínio mais apertado para identificar as maiores urgências foi o que o ministro anunciou como estrategia para dar resposta às necessidades de instalaçoes e equipamento da PSPe GNR.
Em reação, Paulo Rodrigues, presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Policia (ASPP), disse que a lei aprovada pelo anterior Governo não estava isenta de reparos, mas considerou tambémm que a intenção do ministério de só atender aos casos mais prementes é preocupante.
Também César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda criticou a estratégia do ministro da Administração Interna.