Daniel Adrião promete que se demite da liderança do PS caso vença as eleições legislativas.
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Daniel Adrião defende a reforma do sistema eleitoral, que considera "um aberração", e garante que será o candidato a primeiro-ministro do PS caso vença as eleições internas, embora tenha defendido que Mário Centeno era o melhor nome para as eleições legislativas.
É a quarta vez que Daniel Adrião concorre às eleições internas do PS (três vezes contra António Costa), agora contra José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos, os nomes mais fortes na corrida à sucessão de Costa.
Depois de entregar a moção de orientação, e notando que "são mesmo três candidatos", Daniel Adrião deixou críticas ao atual sistema político, já que "só em Portugal e Espanha é que existe sistema eleitoral de listas fechadas e bloqueadas".
"É uma aberração e nós temos de acabar com isto. Significa que os cidadãos portugueses têm menos direitos eleitorais do que a generalidade dos cidadãos europeus. Nós só podemos votar em partidos, estamos condenados a eleger partidos, não podemos eleger nos nossos deputados", explica.
Os portugueses vivem "numa espécie de subcidadania" e devem ter "direito a um voto por inteiro e não a meio voto".
Embora tenha defendido que Mário Centeno era o melhor candidato do PS para as eleições legislativas, depois da demissão de António Costa, Daniel Adrião diz agora que "essa questão está resolvida" e será ele o candidatado do partido caso vença as eleições.
Daniel Adrião promete, no entanto, que se demite da liderança do PS caso vença as eleições legislativas, porque "não concorda com a acumulação de funções entre secretário-geral e o primeiro-ministro".