"Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade" convida a conhecer Coimbra através do som
O projeto é desenvolvido pelo Jazz ao Centro Clube e pela Câmara Municipal de Coimbra.
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Quando se começa a viagem sonora no Convento de São Francisco, somos transportados para a Regada, no concelho de Arganil. A instalação, de Rafael Toral, está numa cela escura, que tem apenas um ponto de luz. José Miguel Pereira, presidente do Jazz ao Centro Clube, explica que "o convite é para que quem vá visitar a instalação possa entrar na cela e, durante alguns momentos, possa viajar no tempo e no espaço para a Regada" sendo, desta forma, "transportado para outra dimensão".
Desde a primeira edição que o "Dar a Ouvir. Paisagens Sonoras da Cidade" propõe uma viagem por Coimbra através do som. Este ano, o Jazz ao Centro Clube e a Câmara Municipal desafiaram os artistas a fazer uma ligação entre a cidade e o mundo. Neste contexto, José Miguel Pereira conta que há artistas "que pensam a partir de uma dimensão mais global, nomeadamente a partir de questões relacionadas com a crise climática".
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O resultado são instalações que convidam a refletir sobre as alterações climáticas. Por exemplo, uma das performances vai mostrar o impacto dos incêndios de 2017 em algumas comunidades do distrito de Coimbra.
O "Dar a Ouvir" desafia ainda os visitantes a interagir com vários objetos, como computadores ou gavetas de madeira. Tudo para provar que o som e a música podem vir de qualquer sítio.
A exposição tem entrada gratuita e pode ser visitada até 6 de setembro, no Convento de São Francisco, em Coimbra.