Estão envolvidos nos trabalhos 1237 operacionais, com o apoio de 458 veículos, e a maioria dos casos estão a ocorrer nos distritos do Porto e de Braga.
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O temporal que se faz sentir em Portugal continental já causou perto de duas mil ocorrências desde as 15h00 desta quarta-feira, em especial no Porto, Braga, Viana do Castelo, Aveiro e Viseu, segundo a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC). Quedas de árvores, inundações e danos em estruturas são a grande maioria das queixas. Até ao momento, não se verifica a existência de feridos ou outro tipo de casos mais graves.
A queda de um eucalipto de grande porte causou, esta quinta-feira, estragos numa habitação em Vila Verde, distrito de Braga, desalojando quatro pessoas, adiantou à Lusa fonte dos bombeiros. A ocorrência foi registada pelas 02h30, quando o eucalipto não resistiu à força do vento e caiu, atingindo uma habitação, onde vive um casal e dois filhos menores. Os moradores foram acolhidos em casa de familiares.
O comandante Rui Laranjeira da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil indicou à TSF que, durante a última noite, duas habitações foram atingidas por uma árvore, deixando nove pessoas desalojadas, em Almada. "Foram realojadas, depois, pela Ação Social de Almada", adiantou.
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Esta quinta-feira, estão sob aviso vermelho nove distritos, devido à previsão de chuva forte e rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
"Os distritos onde registámos maior número de ocorrências foram Porto e Braga. A grande maioria das ocorrências está relacionada com quedas de árvores, apesar de termos também registo de inundações, quedas de estrutura,..", apontou Rui Laranjeira.
Em Santo Tirso seis pessoas ficaram desalojadas. O presidente da Câmara, Alberto Costa explicou à TSF que tudo aconteceu cerca das três da manhã, quando "uma árvore caiu em cima de uma casa, obrigando ao realojamento de uma família com seis pessoas."
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Mas esta não foi a única casa a ser afetada em Santo Tirso. Outra queda de árvore causou "danos menores" noutra habitação. O presidente da câmara sublinhou à TSF que "a vida no concelho decorre com normalidade, mas com algumas limitações".
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O IPMA emitiu ao final do dia de quarta-feira um aviso vermelho para os distritos do Porto, Braga, Aveiro, Vila Real e Viana do Castelo devido à chuva "forte e persistente, podendo ser acompanhado de trovoada".
Este aviso vigora entre as 12h00 e as 21h00 em Vila Real e Braga, e entre as 12h00 e as 18h00 em Viana do Castelo, adianta o instituto em comunicado.
No Porto e em Aveiro, o aviso vermelho está em vigor entre as 15h00 e as 21h00.
O IPMA colocou também sob aviso vermelho, devido à previsão de rajadas de vento superiores a 100 quilómetros por hora, os distritos de Viseu, Guarda, Castelo Branco, Aveiro e Coimbra.
Segundo o IPMA, as rajadas de vento podem mesmo atingir os 140 quilómetros/hora nas terras altas, entre as 18h00 desta quinta-feira e as 3h00 de sexta-feira.
Sob aviso laranja para precipitação, vento ou agitação marítima, que vigoram em diferentes períodos até sábado, vão estar os distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Faro, Vila Real, Setúbal, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Beja, Castelo Branco, Coimbra, Portalegre e Braga.
No aviso relativo ao vento, nos distritos de Bragança, Viseu, Porto, Guarda, Faro, Vila Real, Santarém, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Castelo Branco, Aveiro, Coimbra, Portalegre e Braga podem ser registadas rajadas de vento entre os 100 e os 130 quilómetros por hora.
Só com avisos amarelos estará o distrito de Évora, para precipitação e vento.
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A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil alertou na quarta-feira a população para o agravamento das condições meteorológicas, com precipitação forte e persistente, vento forte nas terras altas e agitação marítima forte em toda a costa.
A Proteção Civil alerta para a possibilidade de "inundações rápidas em meio urbano, por acumulação de águas pluviais ou insuficiências dos sistemas de drenagem", e "inundações por transbordo das linhas de água nas zonas historicamente mais vulneráveis".
Informa ainda que, tendo em conta as previsões do IPMA, há a possibilidade de inundações de "estruturas urbanas subterrâneas com deficiências de drenagem" e de formação de lençóis de água na estrada, além da queda de ramos de árvores, danos em estruturas montadas ou suspensas.
Notícia atualizada às 14h10