De Rans para o mundo. Vitorino Silva orgulhoso com campanha dentro de quatro paredes
O candidato presidencial abriu as portas de casa à TSF e mostrou como se faz campanha através de um computador.
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O candidato às eleições presidenciais Vitorino Silva centrou toda a campanha na sua sala de estar, devido às limitações impostas pela pandemia, e orgulha-se de ter chegado aos quatro cantos do mundo a partir de Rans. Apesar de, numa primeira fase, terem colocado o seu nome fora dos debates para as eleições, o candidato não fechou a porta de casa aos jornalistas que quiseram conhecer as raízes do candidato.
As folhas com os seus "pensamentos diários" fizeram sucesso no debate frente a Marcelo Rebelo de Sousa, e Vitorino apressou-se a mostrá-las, junto ao computador que o faz chegar a todos os eleitores.
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"Gosto de escrever no papel. Tenho muito respeito pelo digital, mas não há nada como sentir e ouvir as folhas", disse, assegurando que tudo o que está naquelas páginas é genuíno.
A decisão de mudar a "sede de campanha" da rua para casa não foi difícil. "Tenho uma agenda muito cheia, e estou orgulhoso da decisão de vir para casa. Os políticos têm de descer à terra e, às vezes, eles não descem à terra", apontou.
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A terra, para Vitorino Silva, foi Rans. O candidato diz que sabe quem é o seu tipo de eleitor, e desengane-se quem pensa que é um voto de protesto.
"Os meus votos são votos de confiança, não são votos de protesto. Quem vota em mim vai confiante, até tira fotos e tem orgulho. Sei muito bem quem é o meu tipo de eleitor", assume.
A juntar a todas as certezas, Tino também está convencido que vai chegar "ao voto caviar".
Os objetivos para as eleições são "defender a democracia e os jovens". "Os políticos viraram as costas aos jovens. Desde logo, quando fizeram a constituição. É uma vergonha que um jovem com 18 ou 34 anos possa votar, mas não pode concorrer às eleições. Porquê? Um Presidente da República pode ter 350 anos, se o Luís de Camões fosse vivo, podia concorrer a Presidente, mas um jovem não pode", argumenta.
Tino reforça que os jovens são cidadãos de um mundo sem muros.
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No dia 24 de janeiro espera ter mais um voto do que há cinco anos, quando conseguiu persuadir 152 mil eleitores. Mas mesmo que não aconteça, a vitória já está garantida.
"Já ganhei as eleições. A partir do momento em que lutei pela democracia e nos meus debates não houve gente a berrar, já foi uma grande vitória."
Agora, é preciso consolidar os votos nas urnas e cumprir o sonho da filha Catarina: "Nunca lhe dei uma grande alegria, mas acredito que um dia lhe vou dar uma grande alegria".
Daqui a cinco anos, a certeza é que estará novamente a concorrer às eleições, para um segundo mandato.