De Tondela para o mundo. Fundos comunitários financiam tecnologia inovadora de testes à Covid-19
O Governo vai apresentar os kits de testes rápidos. Investimento ronda os dois milhões de euros.
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Uma empresa de tecnologia de ponta, no distrito de Viseu, a ControlVet em Tondela, aproveitou o apelo do governo à inovação produtiva, e em plena pandemia decidiu investir para suprir uma falha de mercado: a partir do próximo mês de agosto vai produzir kits de biologia molecular e os seus componentes bioquímicos.
A empresa inaugura esta sexta-feira um laboratório que pretende melhorar os testes à Covid-19 e que foi financiado por fundos comunitários.
A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, explicou à TSF porque é que este é um caso emblemático da boa aplicação de dinheiro europeu.
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"Este laboratório está a desenvolver kits, para se fazerem e melhorarem os testes ao Covid, que depois poderão ser utilizados noutros diagnósticos e noutras análises. Através dos programas operacionais regionais já aprovámos cerca de 200 milhões de euros para projetos de empresas e de ciência na ajuda ao combate da Covid. Esta é uma das empresas que conseguiu fazer o projeto de investimento em dois meses", salienta.
A ministra adianta que o investimento é de quase dois milhões de euros. O investimento na empresa é maior, também pelo facto de o projeto de investimento ter sido desenvolvido num curto espaço de tempo. O concurso previa que fossem 12 meses para a elaboração do plano.
"Mostra que também no interior temos empresas ligadas à saúde, de alta tecnologia e elevado conhecimento, numa área onde necessitamos de fazer investimento. O conhecimento vai ser útil noutras áreas além da Covid", admite.
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Questionada sobre os kits que vão ser apresentados em Tondela, a governante diz que se trata de um projeto inovador, que permite fazer uma testagem muito mais rápida. "Num curto espaço de tempo, permite testar muito mais amostras. Esta empresa utiliza uma tecnologia única no mundo, que tem vindo a desenvolver."
Só há cinco laboratórios no mundo com esta capacidade, a empresa conseguiu criar esta unidade (entre conceção e concretização) em apenas dois meses, o que lhe valeu uma bonificação e recebeu apoio público a 95%, ou seja, quase a fundo perdido.