"Dê troco a quem precisa." Campanha solidária ajuda famílias a comprar medicamentos

A campanha solidária "Dê Troco a Quem Precisa" começa esta segunda-feira para ajudar as famílias que não têm dinheiro para comprar medicamentos prescritos pelo médico, o que acontece em média a um em cada 10 portugueses. A iniciativa é da associação Dignitude e conta com mais de 500 farmácias aderentes.

"Os cidadãos que se deslocarem à farmácia serão convidados a doar o troco resultante das suas compras ou o valor que desejarem para o fundo solidário abem [rede solidária do medicamento]", explica a diretora executiva da Associação Dignitude, Maria João Toscano, em declarações à TSF, sublinhando que "100% destes donativos serão utilizados pelos beneficiários do abem para adquirirem os medicamentos".

Sobre o perfil dos beneficiários, Maria João Toscano fala nas "pessoas mais vulneraveis do nosso país" e aponta que 64% têm entre 18 e 64 anos. "Na realidade, são pessoas como nós, que trabalham", mas que mesmo assim não possuem "condições socioeconómicas" suficientes para a aquisição de medicamentos, acrescenta.

Estes beneficiários são, geralmente, "referenciados, identificados e avaliados localmente por entidades parceiras".

Maria João Toscano assegura que estas famílias terão acesso aos medicamentos de forma simples, pessoal e intransmissivel consoante as necessidades sob prescrição médica.

A diretora executiva da Associação Dignitude destaca ainda a"dignidade no acesso ao medicamento", tanto pelo facto de não terem nenhum limite de plafon, como pela forma discreta que, através do cartão a que terão acesso, conseguem "como qualquer um de nós levantar os medicamentos".

"Quem está ao lado não se apercebe que essa pessoa está a aceder a um benefício, é semelhante a qualquer outro cartão de crédito ou débito para fazer um pagamento."

Esta é já a 13.ºedição da campanha solidária “Dê Troco a Quem Precisa”. A iniciativa decorre até dia 6 de junho em mais de 500 farmacias aderentes de todo o país.

Até ao momento este projeto já ajudou mais de 40 mil pessoas e distribuiu mais de dois milhões de embalagens de medicamentos.