A discussão sobre a eutanásia volta ao Parlamento no próximo dia 20 de fevereiro.
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Francisco Rodrigues dos Santos foi recebido, esta tarde, pelo cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, e voltou a trazer o tema da eutanásia para cima da mesa, três semanas antes da discussão no Parlamento.
O novo líder do CDS lembra que o partido "sempre foi cristalino e claro" e referiu que o debate sobre a eutanásia está a ser "altamente enviesado", frisando que esta discussão devia começar com um "Estado cuidador, que olha para os mais débeis, para os isolados da sociedade, com os dependentes e devolver um olhar humanista e solidário".
Francisco Rodrigues dos Santos reiterou a ideia de que "a eutanásia não acaba com o sofrimento, [mas] termina com a própria vida" e de que, com esta decisão, a "centralidade da vida humana como primeiro pilar" é um "direito ameaçado", lançando críticas ao Estado e ao serviço de saúde em Portugal.
"90% dos portugueses não são abrangidos por uma rede de cuidados paliativos, não têm os apoios indispensáveis e outros não possuem apoio ao domicilio", justificou, acrescentando que o CDS "não acredita num sistema de rampa deslizante e de descarte, onde o Estado desiste das pessoas".
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