Decisão do Governo foi "soco grande no estômago". Presidente da Raríssimas pede aos mecenas que "acreditem" na instituição
"Temos fornecedores a quem temos de pagar. Só de luz são contas de oito mil a dez mil euros por mês. Ou realmente há uma ajuda conforme nós pedimos, ou nós não temos possibilidades de continuar", conta à TSF Fernando Ferreira Alves, que se encontra "muito desesperado"
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O presidente da Raríssimas pede, na TSF, aos mecenas que "acreditem" na instituição, que apoia pessoas com doenças raras e mentais. A associação está em risco de fechar portas, depois do Governo ter decidido que não vai atribuir os apoios pedidos no ano passado, ao abrigo do Fundo de Socorro Social.
Para segunda-feira está já marcada uma visita à Raríssimas por parte de elementos do Executivo. Fernando Ferreira Alves espera que a visita consiga levar o Governo a mudar de opinião: "O meu sonho é que a possam reverter."
"Temos fornecedores a quem temos de pagar. Só de luz são contas de oito mil a dez mil euros por mês. Ou realmente há uma ajuda conforme nós pedimos, ou nós não temos possibilidades de continuar."
Se não houver nenhum apoio, quanto tempo é que a associação consegue resistir? "Muito pouco, porque os mecenas que nós tínhamos recusam-se a colaborar connosco, por causa do passado", justifica ainda. E deixa um apelo: "Acreditem em nós."
Já lhe sugeriram até mudar o nome da organização, que vive uma situação "insuportável". A decisão conhecida na sexta-feira é "um soco grande no estômago" que pode ditar o fim da Raríssimas. Fernando Ferreira Alves confessa que está "muito desesperado".
O presidente da organização tem 82 anos e um filho na instituição. A Raríssimas apoia pessoas com doenças raras e mentais, bem como as famílias e cuidadores.