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A Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor diz que já recebeu várias reclamações de atraso nas entregas e de falta de reembolso em caso de desistência da compra.
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A Deco lembra que muitas vezes estas lojas no Facebook não estão registadas nem têm endereço fixo. Em comunicado, a Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor diz que tem recebido queixas, e sublinha que "por vezes não se trata de vendas de comerciantes para consumidores, mas sim vendas entre particulares, logo torna-se mais difícil a resolução de um possível conflito posteriormente".
As reclamações mais frequentes neste caso estão relacionadas com o atraso nas entregas dos produtos comprados e falta de reembolso em caso de desistência da compra.
A Deco aconselha os consumidores que pretendem adquirir algum produto através do Facebook a obterem o endereço físico da loja ou uma morada para contacto, que possam usar em caso de conflito.
"Quanto às formas de pagamento, caso a loja permita o pagamento à cobrança, por transferência bancária ou por MB, na receção do produto, estas são as mais seguras".
A associação recomenda também os consumidores a ficarem com um comprovativo da encomenda com todos os elementos: descrição do produto, preço, morada do vendedor e prazo de entrega.
"Sendo uma compra à distância tem sempre um prazo de 14 dias, no entanto, esta faculdade só se aplica a negócios entre comerciantes e consumidores, caso tenha adquirido o produto junto de um particular, não existe esta possibilidade", salienta a Deco.
A associação lembra que, ao "fazer uma aquisição desta forma, e caso não seja disponibilizada fatura de compra, não poderá mais tarde acionar a garantia do produto, pois não terá forma de comprovar a data de aquisição do mesmo".
Se o consumidor tiver efetuado uma compra numa loja Facebook, e não tenha recebido o produto dentro do prazo, deverá, segundo a Deco, optar entre cancelar a compra e solicitar o reembolso do valor pago, ou interpelar a empresa para proceder à entrega num novo prazo.
"Tendo em conta que estes negócios são criados muitas vezes apenas na rede social, com uns meros cliques, e sem necessidade qualquer registo junto das entidades nacionais, o encerramento destas lojas, está à distância de um clique, como tal, pode acontecer que o pagamento das encomendas seja efetuado pelos consumidores, e a loja deixe de existir, sem proceder a reembolsos e/ou entregas dos produtos encomendados", destaca a associação.
A Deco diz ainda em comunicado que vai estar atenta às reclamações e promover as diligências necessárias para garantir a proteção dos direitos e interesses dos consumidores.