Deco e movimento de pensionistas querem que banca não taxe clientes com caderneta
A Caixa Geral de Depósitos, o Crédito Agrícola e o Montepio são as únicas instituições bancárias que ainda usam cadernetas. Apenas a Caixa respondeu ao pedido de esclarecimento da Deco sobre custos adicionais.
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A Defesa do Consumidor e a Confederação Nacional de Reformados Pensionistas e Idosos criticam os bancos por ainda não terem respondido às preocupações dos utilizadores sobre as mudanças nas cadernetas bancárias.
A partir de sábado, com a entrada em vigor de uma diretiva europeia de segurança, deixa de ser possível levantar dinheiro com as cadernetas. Apenas o cartão multibanco poderá ser utilizado.
A Caixa Geral de Depósitos, o Crédito Agrícola e o Montepio são as únicas instituições bancárias que ainda usam cadernetas.
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Nos últimos meses, a Deco pediu explicações sobre os custos que a mudança terá para o consumidor, mas, até ao momento, como explica Nuno Rico, economista da associação, apenas a Caixa respondeu. "Até ao momento não recebemos informação de como vão fazer nestes casos: se vão imputar os custos, desde o primeiro momento, ao consumidor; se vão isentar, como a Caixa Geral de Depósitos, desde o primeiro ano, ou se vão mesmo garantir a isenção nestes casos."
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"A nossa reivindicação vai no sentido de que, nestas situações, o meio de pagamento deve ser isento de custos, meio pagamento, que é posto à disposição do cliente como alternativo, devido à impossibilidade de utilizar o que era utilizado até ao momento", esclarece Nuno Rico.
O fim dos levantamentos com caderneta afeta sobretudo a população mais idosa, que se habituou às cadernetas durante anos, e que, agora, é obrigada a mudar para um cartão multibanco.
Casimiro Menezes, do Movimento Unitário de Reformados, Pensionistas e idosos, lamenta que o presidente da Caixa não tenha respondido aos pedidos para que fosse encontrada uma solução, mais concretamente "criar um meio eficaz de as pessoas poderem efetuar as suas operações bancárias, sem custos adicionais".
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"Não há nenhum compromisso da parte da Caixa Geral de Depósitos de que se possa vir a facilitar a vida dos reformados. Vamos continuar o nosso protesto, e pedimos uma audiência ao Paulo Macedo [presidente da Caixa], mas ainda não obtivemos resposta."