
Global Imagens/ Lisa Soares
A associação de defesa do consumidor analisou a qualidade do ar em mais de 20 escolas e concluiu que todas elas chumbam no exame. As fibras de amianto não são os únicos poluentes do ar, mas a situação em 4 escolas de Lisboa, Oeiras, Peniche e Rio Maior é a mais preocupante.
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Em causa estão as escolas básicas Nuno Gonçalves, em Lisboa, a São Julião da Barra, em Oeiras, a Fernando Casimiro da Silva, em Rio Maior e o agrupamento de escolas de Peniche.
Nestas quatro escolas, as placas de amianto estão deterioradas, com risco de libertarem fibras perigosas. Por isso, a DECO exige a retirada imediata das placas.
O amianto foi encontrado noutras 10 escolas, mas aqui as placas estavam em bom estado de conservação. A associação de defesa do consumidor sugere portanto, que se mantenham as placas, mantendo a vigilância.
Ao todo, foram analisadas 23 escolas neste estudo da DECO e todas chumbam no exame. Nenhuma cumpre os critérios legais que determinam a boa qualidade do ar. Em alguns casos foram detectadas partículas finas e de dióxido de carbono 2 ou 3 vezes superiores aos valores recomendados.
Em nove escolas, a contaminação por bactérias e fungos era preocupante e a taxa de renovação do ar ficava 6 vezes abaixo do ideal.
A DECO adianta que as principais fontes de contaminação estão dentro da própria sala de aula - desde o pó do giz ao equipamento e os produtos usados na própria limpeza das salas. Turmas grandes em salas pequenas também não ajudam, aumentando a concentração de dióxido de carbono.
Para reduzir o risco, a DECO deixa algumas recomendações como abrir as janelas em todos os intervalos, ter o ar condicionado sempre ligado, limpando os filtros com frequência, usar o aspirador e uma esfregona húmida, para não levantar o pó.