Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas diz que os motoristas só vão cumprir oito horas de trabalho durante os serviços mínimos. Mais do que isso "é crime".
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O Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP) diz que só há uma forma de parar a greve: aceder às exigências dos motoristas.
Em declarações aos jornalistas no posto de combustível da área de serviço de Aveiras, o representante do SNMMP, Pedro Pardal Henriques, exige que a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) faça "uma proposta razoável".
Luís Rodrigues, outro dirigente do mesmo sindicato, é mais específico: "Estamos só a pedir 900 euros e que nos paguem as horas extras. É muito menos do que eles [a Antram] andam a mentir há muito tempo."
"Deem-nos 900 euros e as horas extra e nós paramos a greve agora", reforçou Luís Rodrigues no piquete de greve em Leça da Palmeira, na refinaria da Petrogal.
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Pedro Pardal Henriques acusa ainda a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (Antram) de agir como se não tivesse sido decretada uma greve.
"A Antram teve a displicência de enviar mensagem para todos os motoristas para requisitar trabalho de 14 horas como se não houvesse nada. É uma prepotência e uma arrogância", condena.
Os motoristas, diz o representante do SNMMP, vão apenas cumprir serviços mínimos oito horas, uma vez que é esse o "horário normal de trabalho", e não mais do que isso. "Vamos fazer as cargas e descargas contrariados."
Também o limite legal de trabalho suplementar são 200 horas por ano "e não há aqui nenhum motorista que não tenha já 400 horas", lembra. Pedir ainda mais horas de trabalho extraordinárias é pedir às pessoas que incorram "num crime". E "se houver um acidente ninguém se responsabiliza."
Pardal Henriques, chegou ao piquete de greve em Aveiras... de trotinete.
Porque "da outra vez fui acusado de vir de Maserati", ironiza, e para "poupar combustível". Até porque não se sabe quanto tempo durará esta greve - só acaba "quando a ANTRAM se dignar a falar" com os motoristas.